Habitação estudantil: Foram (apenas) concluídas 3% das novas camas do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior
A Federação Académica do Porto (FAP) manifesta-se preocupada com o atraso crónico, que marca a execução do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), uma vez que, até ao momento, apenas 3% das 18.000 camas prometidas estão concluídas.
Francisco Porto Fernandes, Presidente da Federação Académica do Porto, alertou que “num ano, a FAP ergueu uma residência com 40 camas, enquanto que, em seis anos, o Estado Central construiu somente 400. O país vive perante uma crise habitacional gravíssima, sendo o alojamento estudantil o principal entrave à frequência do Ensino Superior. O PNAES está atrasadíssimo e a este ritmo não será cumprido. Se nada for feito, voltaremos a ter anos e anos com estudantes colocados, mas desalojados“, apelando que a igualdade de oportunidades seja uma prioridade.
Conhecendo as propostas dos diferentes partidos políticos para as próximas eleições legislativas, é, assim, exigido um reforço das verbas e projetado o estabelecimento de uma linha de financiamento para antecipação parcial de reembolsos a entidades promotoras sem capacidade orçamental para efetuar os investimentos aprovados, implementando um Programa de Apoio ao Alojamento, que subvencione 50% da renda, aumentando o parque público de habitação de 2% para 5%, e duplicando a dotação do “Porta 65”.