Experiência ibérica sem sair da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Duas universidades e mais de 40 estudantes ligados através da Internet desfrutam de uma experiência ibérica sem precedentes na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Ana Sintra, professora da academia transmontana, assumiu a mentoria do projeto, já distinguido com o Prémio de Boas Práticas e Inovação Pedagógica 2023.
Esta modalidade de “internacionalização em casa” envolveu 19 estudantes da Licenciatura de Biologia da Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea (UPV-EHU), instituição parceira, e 22 alunos das Licenciaturas em Bioquímica e em Genética e Biotecnologia da UTAD.
“Os estudantes reconhecem as mais-valias ao nível do desenvolvimento de competências importantes para o seu futuro, nomeadamente competências técnicas, de comunicação, trabalho em equipa, gestão de tempo, negociação, autonomia, organização, colaboração, resolução de problemas e interculturalidade. Com este projeto, há claramente benefícios para o seu percurso académico e para a sua futura empregabilidade”, sublinhou a docente.
Conetividade, acessibilidade e interculturalidade é a trilogia da iniciativa, que assenta no modelo COIL – Collaborative Online International Learning. Estando fisicamente nas suas academias de origem, os estudantes das disciplinas de Entomologia e de Biotecnologia estiveram ligados em rede, partilharam ideias e trabalharam em equipa durante seis semanas consecutivas e em horário extracurricular.
A partir de agora, será mais fácil de implementar novas mobilidades, ambientes de aprendizagem equitativos e equipas interculturais.
“Este modo de mobilidade permitiu uma experiência de internacionalização a estudantes que de outro modo não a conseguiriam ter realizado em modelos clássicos (por exemplo, ao abrigo do programa Erasmus), por questões de ordem logística, interpessoal, monetária, securitária ou política”, concluiu a professora do Departamento de Genética e Biotecnologia da UTAD.