Entrevista | Catarina Barreiros: A (re)descoberta “Do Zero”
Iniciando — com uma escova de bambu, que ganhava bolor —, o manifesto à intenção desabrochou de produtos, que prometiam mais do que cumpriam, e de hábitos — difíceis de desaprender.
Catarina Barreiros, Co-Fundadora, desvela práticas, que difundem afeto — num contexto, onde (quase) tudo se embrulha — em papel ou plástico.
A varanda — de cinco metros quadrados — tornou-se um laboratório de persistência. O universo da Sustentabilidade exige um processo de…?
… paciência, dependendo do que é exequível para cada um.
Todavia, se atuarmos — à altura do que está ao nosso alcance e de forma coerente —, honramos o esforço constante — em prol de uma afinidade ampla e serena —, que ultrapassa resultados e incentiva compromisso.
Com (cerca de) 36 mil seguidores, as aventuras pessoais deram corpo a uma nova consciência coletiva — estruturada na empatia e na vontade de fazer diferente?
A ideia — sempre — foi oferecer soluções realistas e mostrar caminhos possíveis — sem julgar escolhas diferentes —, através de um espaço de acolhimento, que permitisse contribuir para a mudança — sobretudo no campo da sensibilidade, em detrimento de regras rígidas ou de dedos apontados.
O podcast trouxe a dimensão próxima da escuta ativa. O olhar — com impacto — transforma ações — em responsabilidade?
100%.
O formato surgiu — num momento de confinamento e de carência —, viabilizando o diálogo — com um tom íntimo e profundo —, distinguindo-se de publicações dispersas e de vídeos curtos.
A força de conversas — capazes de conectar — resgata a identidade clara de criar um refúgio, consolidando um vínculo de confiança e compreensão.
Mediante a edificação de pontes, o foco sustenta o crescimento. A autenticidade inspira?
Absolutamente [risos].
É — num território imperfeito — que o rigor adquire expressão na espontaneidade de dúvidas ou receios, explorando e florescendo vulnerabilidades ou curiosidades.
Impulsionando a aceitação do erro — enquanto matéria-prima —, o mecanismo estimula — de modo orgânico e fluido — o desejo de arriscar, tolerar, relacionar e comunicar.
Unindo gerações, a herança familiar preserva, mas abre margem à imaginação. O equilíbrio acolhe a inovação ecológica?
O saudosismo ampara a memória e evidencia longevidade, oportunidades e bem-estar — apesar do preço do ritmo apressado e da distância patente —, requerendo uma harmonia — entre a manutenção do conquistado e a sabedoria de um período, que valorizava a terra, os alimentos e a Natureza.
A contemporaneidade evoca um futuro, que constrói movimentos ancestrais, proporcionando raízes firmes e visões vanguardistas.
A época natalícia confunde — muitas vezes — partilha com abundância. O desacelerar permite refletir sobre decisões — com propósito?
Hoje, há um certo desvio — nutrido pelo Marketing —, que conduz a um consumismo extremo e a uma apropriação comercial, alterando o vital — em pretexto para vender —, uma vez que o espírito impõe o oposto, nomeadamente tempo, presença e amor.
Contudo, os gestos tradicionais — aliados a uma vivência genuína — resultam em criações handmade, como uma compota ou um ramo de aromáticas secas, que recordam que o verdadeiro sentido garante dar com o coração — e não com a carteira.
O simples modifica — assim — o quotidiano — em sensatez e significado?
Ao conseguirmos deixar de lado o supérfluo e reduzir o ruído, o ponto central passa a residir no que — realmente — importa.
O essencial posiciona-se na atenção e no cuidado, que dedicamos a quem nos rodeia, fortalecendo ligações e recusando estímulos desnecessários.
2026. O que podemos ansiar — daqui para a frente?
Sendo otimista, as projeções estimam que — após anos de declínio, turbulência e descrença — um sopro de esperança traga rumo a países, que se afastaram da causa ambiental, e que os conflitos — da Ucrânia, Gaza ou Sudão — encontrem um desfecho justo e solidário.
Que a empatia e a cooperação voltem a alimentar uma fé, que prioriza o progresso e a humanidade.






































