Já fazem 5 anos! Sentem uma grande evolução na vossa música desde que começaram?
Claro! Não só na nossa música como também no nosso público. Durante os últimos 5 anos amadurecemos o nosso estilo – e isso aconteceu muito graças ao nosso público!
Sempre souberam que o vosso futuro ia passar pelo mundo da música?
Acho que não… Mas é isso mesmo que faz com que tudo o que temos feito saiba ainda melhor.
Entre Dancehall, Reggaeton, funk, música electrónica… Como definem o vosso estilo?
Quando começámos, apresentámos o nosso projecto como “Music Gang Bang” – e é muito por aí que olhamos para o nosso género. O nosso género é não haver género. Fazemos tudo o que nos faça entrar em palco com um sorriso na cara e vontade de contagiar o público.
Ver toda a gente a dançar e a cantar as vossas músicas: qual é a sensação?
É super gratificante. Por muitas maluqueiras que façamos – diretas, viagens de centenas de km, maratonas de estúdio -, subir ao palco e poder ver e ouvir o público… Faz com que tudo valha a pena! Por muito cansados que saiamos de uma tour, na segunda seguinte já estamos com vontade de fazer mais.
Os vossos espetáculos são sempre uma explosão de energia. O mérito também passa muito pelo estado de espírito do público?
É uma sinergia. Parte de nós, mas se o público não responde também nos tira a pica. Felizmente, o público português é brutal e contagia-nos quase sempre!
Em termos de artistas, nacionais ou internacionais, a quem vão buscar mais inspiração?
A tantos… Pensamos que nem vale a pena enumerar. Estamos constantemente a ouvir música e a música – particularmente a portuguesa – está numa boa fase! Há tanto feito… E tanto ainda por fazer.
A vossa música com a Mami Chula (Lorna) explodiu. Como surgiu esta parceria?
Partiu da nossa iniciativa! Queríamos fazer um tema latino e resolvemos ir à fonte. Foi giro. Mandámos mensagem através do Instagram e ela respondeu-nos logo. Gravou tudo no Panamá! Só nos encontrámos com ela em Madrid para gravar o clipe. Tá Controlado: a música chegou, viu e venceu! Já explodiu no YouTube e não vai faltar nas pistas… Foi uma parceria muito gira. Lançámos um álbum de 18 temas em 2018. No entanto, o que pouca gente sabe é que, para selecionarmos essas tais 18 músicas, fizemos um total de mais de 50 beats. O Tá Controlado (versão instrumental) existe há mais de um ano e foi sempre um dos beats de que mais gostávamos. No entanto, na altura em que lançámos o álbum, achámos que não fazia sentido incluir este som na sua estrutura. Há uns meses, estávamos em estúdio e ressuscitamos o beat. Depois foi só falar com os Supa e o Vado – que saltaram logo dentro.
Como surge a parceria com o Vado Más Ki Ás e os Supa Squad?
Os Supa foi fácil. Já é a terceira colaboração que fazemos com eles e são, provavelmente, os artistas em Portugal com quem mais nos identificamos. O Vado foi sempre um dos rappers da nova escola que mais seguimos… E, se ele está sempre na nossa playlist… Não fazia sentido não estar numa música nossa! É das pessoas mais humildes e talentosas com quem já trabalhámos!
As ideias para as músicas e para o videoclipe foram vossas ou resultaram de um grande trabalho de equipa?
Partiu muito de nós, numa primeira fase. Mas claro, sem a nossa equipa nada se faz.
Quanto ao futuro, podem revelar-nos um pouco do que têm planeado?
Começamos agora a tour 2019 e vamos estar, já em maio, no Festival Académico de Lisboa… Isto depois de irmos a Punta Umbria, Pas de La Casa e Salou, agora mesmo em abril! Quanto a singles… Vamos ter novidades em breve! Assinámos também uma parceria com uma marca com que nos identificamos muito e podemos dizer que vem aí muita coisa boa!
Com quem gostavam mesmo de, um dia, partilhar o estúdio?
Com tanta gente! Mas o Sean Paul era mesmo aquele sonho… (Risos)
Nos vossos shows de norte a sul, notam muita diferença no público consoante a zona do país onde estão a atuar?
Sim. Pode-se dizer que há público mais predisposto a fazer a festa do que outro. O Algarve, sem desprimor para qualquer outro lugar, recebe-nos sempre de uma forma fantástica!
[Foto: Cedida pelos entrevistados]