Obra em prosa de Manuel Alegre reunida num único volume já nas livrarias
A obra com prosa de Manuel Alegre já está nas livrarias. Inclui prefácio da invetigadora Paula Morão, que destaca o ‘forte impulso narrativo’ do escritor, até mesmo na poesia.
Manuel Alegre de 86 anos, é atualmente membro do Conselho de Estado A obra em prosa de Manuel Alegre, reunida num único volume, a sua faceta mais conhecida, é já atravessada por “um forte impulso narrativo”.
O volume, que chega esta semana às livrarias, reúne os romances “Jornada de África” (1989), “Alma” (1995), “A Terceira Rosa” (1998), “Rafael” (2004), “Tudo É e não É” (2013), e também as novelas “Cão como Nós” (2002), “O Miúdo Que Pregava Pregos Numa Tábua” (2010), “Tentação do Norte” (2021) os livros de contos “O Homem do País Azul” (1989), “O Quadrado” (2005) e o conto “Uma Estrela” (2005), num total de 826 páginas.
No prefácio, Paula Morão, catedrática de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, assinala que “atravessa a poesia de Alegre um forte impulso narrativo, nomeadamente nos muitos poemas devedores de epopeias antigas e modernas”, dando como referências Gilgamesh, Homero, Vergílio e Camões.
O autor estreou-se em 1965 com o livro de poesia “Praça da Canção”, em que alguns dos poemas foram escritos quando esteve detido na fortaleza de S. Paulo, em Luanda, depois de ter sido mobilizado para o serviço militar, a cumprir em Angola, no início da Guerra Colonial.
Manuel Alegre, em 2017, foi distinguido com o Prémio Camões e, em 2019 com o Prémio Vida e Obra da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), entre outros galardões como o Prémio Amália, em 2014, o de Consagração de Carreira da SPA, em 2016, os prémios Fernando Namora/Estoril Sol e Fernando Pessoa, em 1999, e o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa em 2021.