A Mais Superior entrevistou o jornalista Pedro Pinto a propósito da Pós-Graduação em Jornalismo oferecida pelo ISCTE-IUL em cooperação com a Media Capital.
O subdiretor de informação da TVI, que é ainda um dos coordenadores da Pós-Graduação em Jornalismo ISCTE-IUL/Media Capital, considera a oferta formativa uma ferramenta útil para qualquer profissional de jornalismo. Acompanhado pela pela preparação teórica, a Pós-Graduação oferece um “trabalho prático nos diversos meios de comunicação do grupo Media Capital“.
Mais Superior (MS) – Qual a importância deste primeiro contacto para os alunos deste curso com a Media Capital?
Pedro Pinto (PP) – Uma oportunidade única de juntar na mesma formação avançada a experiência académica e os conhecimentos dos docentes do ISCTE com a experiência profissional dos jornalistas da TVI, aprendendo em contexto de redação, daquilo que é o trabalho diário nas várias áreas da Media Capital.
MS – O que podem esperar os alunos deste novo ano letivo?
PP – Um ano desafiante, com muito trabalho pela frente, mas também gratificante. Procuramos com esta Pós-Graduação que uma sólida preparação teórica seja acompanhada por um trabalho prático nos diversos meios de comunicação do grupo Media Capital: televisão, rádio e digital. E que a aprendizagem seja de excelência.
MS – Quais as vantagens que podemos tirar de um contacto próximo com a Media Capital logo desde o primeiro momento? Qual o feedback dos alunos sobre este assunto?
PP – Acima de tudo, uma experiência sigular de se poderem iniciar no jornalismo e no entretenimento com profissionais experientes e reputados nos diferentes sectores. Até agora, o entusiasmo e o comprometimento têm sido enormes por parte dos alunos. Ora, isso só aumenta as nossas responsabilidades.
MS – Como é que preparam os alunos da pós-graduação para um mundo em que o jornalismo é cada vez mais visual e online?
PP – O jornalismo, hoje em dia, é multiplataforma. Desde o primeiro momento, a presença dos alunos nas diferentes redações coloca-os perante o desafio de conseguirem responder a solicitações diferenciadas, venham elas da área das rádios, da televisão ou do online.
MS – Em que se distingue esta formação das restantes na área do jornalismo?
PP – A possibilidade de aliarem um sólido conjunto de conhecimentos e regras de jornalismo com o fazer e o saber fazer em contexto de trabalho, ou seja, em plena redação, produzindo conteúdos e aplicando os conhecimentos que foram sendo adquiridos.
MS – Num mundo cada vez mais repleto de novas maneiras de fazer jornalismo, qual a visão que transmitem na pós-graduação?
PP – Uma visão aberta, inovadora e a olhar para o futuro, para a forma como a tecnologia e as redes sociais nos aproximam dos cidadãos de forma muito mais rápida do que antigamente, com todas as exigências que tal comporta em matéria de rigor e equilíbrio na informação.
MS – Nos últimos anos temos assistido a uma quebra no jornalismo de investigação. Porque é que acha que este fenómeno acontece e em que é que formações como esta podem ajudar a formar melhores jornalistas?
PP – Não partilho da ideia de que o jornalismo de investigação está em quebra. Antes pelo contrário. Creio que a busca de conteúdos diferenciadores, a par da nobreza que o jornalismo de investigação encerra, conferem-lhe uma importância ainda maior nos dias de hoje, onde as fake news e a informação instântanea e, por vezes mais insubstancial, têm feito o seu caminho. Nem sempre recomendável, acredito.
MS – No final desta pós-graduação os alunos são convidados a fazer um estágio. Em que é que este os pode ajudar a mais facilmente ser integrados no mercado de trabalho?
PP – É um período crucial onde colocam em prática tudo o que foram aprendendo ao longo do ano. E têm sido vários os casos em que o talento é potenciado e, depois, retido no seio do Grupo Media Capital.
MS – Esta formação já existe desde 2013 qual tem sido o feedback dos alunos?
PP – Extremamente positivo. Mas o melhor é mesmo perguntar-lhes para um feedback mais genuíno!
[Imagem: Cedida pelo entrevistado]