Governo lança Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior que promete a reconstrução de edifícios do Estado para dar 11.490 novas camas aos estudantes universitários.
Este plano foi aprovado pelo Governo no final do mês de dezembro. Pretende fornecer residências aos estudantes do ensino superior, para colmatar as dificuldades que os mesmos passam na procura de casa. Os estudantes das universidades privadas que se encontrem deslocados também vão ter acesso ao alojamento do Estado, para além de certos casos de alunos do básico e do secundário. É admitido ainda que, durante as férias, as residências sejam arrendadas a turistas.
Foi também apresentado o projeto de reconstrução de um dos edifícios que servirá de alojamento para os estudantes – a antiga sede do Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro. É considerada a obra mais emblemática deste programa e, segundo a TSF, disponibilizará 600 camas para os estudantes.
Na cerimónia de apresentação do projeto estiveram presentes o primeiro-ministro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos e o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. O evento contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
A antiga Cantina II da Universidade de Lisboa também servirá de futura residência para os estudantes. Nesta quarta-feira, dia 24 de abril, será apresentado o anteprojeto para este estabelecimento, segundo comunicado do Ministério da Ciência e do Ensino Superior.
Vão ser construídos de raiz ou requalificados um total de 200 edifícios em todo o país e cerca de “30 mil camas”, de acordo com o Governo.
Dos cerca de 200 edifícios, 17 são antigos palácios, pousadas da juventude, escolas secundárias, quartéis, edifícios das autarquias ou das próprias instituições de ensino superior e até mesmo o edifício que acolheu o Ministério da Educação – tudo propriedades do Estado que se encontram vagas.
Durante os próximos dez anos é pretendida a construção e disponibilização das residências. Até 2022, está previsto o acesso de cerca de 12 mil camas em todo o país.
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