Há uma nova medida, adotada pelo Ministério da Educação (ME), que responde à “urgência de formar cidadãos informados”.
Foi esta semana assinado um protocolo entre o Sindicato dos Jornalistas (SJ) e o Ministério da Educação (ME): a finalidade é dar formação na área dos meios de comunicação social a professores. Esta iniciativa responde à necessidade de criar cidadãos devidamente informados, num tempo que as fake news (notícias falsas) proliferam e enchem os feeds das redes sociais.
E objetivo é chegar às gerações mais novas através da escola: desenvolver mais competências “de professores, e por conseguinte, de alunos” em “matérias de consumo informado e crítico dos conteúdos difundidos pelos meios de comunicação social”. Aos professores serão disponibilizadas metodologias, recursos e ferramentas que poderão usar nas actividades de Literacia dos Media em contexto de sala de aula.
Segundo a nota divulgada pelo ME, “Numa altura em que o poder das redes sociais emerge, é urgente formar cidadãos informados, conscientes e participativos”. O projecto-piloto começa já este sábado em escolas de Faro, Évora, Lisboa, Águeda e Porto.
Corria 2017 quando se falou, pela primeira vez, nesta ideia. A proposta surgiu no 4.º Congresso de Jornalistas Portugueses e ganhou forma ao ser apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas ao Ministério da Educação.
Nasceu, assim, a formação em “Literacia dos Media e Jornalismo: práticas pedagógicas com os media e acerca dos media”. Será lecionada por jornalistas e académicos especialistas na área do jornalismo, que se vão esforçar por adaptar os conteúdos da mesma ao público-alvo, de acordo com “a pertinência, adequação e complemento da mesma ao trabalho já desenvolvido nas escolas, nomeadamente no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania”.
O início está marcado para este sábado, 26 de Janeiro. O projeto envolve cerca de 40 agrupamentos e 100 professores, que serão formados por um grupo de 10 jornalistas e académicos. Abrangidos estão professores do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário já ligados a projectos de media nas escolas e professores bibliotecários em cinco regiões do país – Faro, Évora, Lisboa, Águeda e Porto.
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