Raquel Ferreira trabalha no Centro de Investigação em Ciências da Saúde numa nova forma de recuperar os vasos sanguíneos de doentes de AVC, e foi reconhecida com uma das três “Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência”.
Está na UBI há cerca de um ano e viu agora o seu trabalho reconhecido. Raquel Ferreira tem 33 anos, já investigou em Portugal, Holanda e Estados Unidos, mas apostou no Interior português, na Covilhã e na Universidade da Beira Interior (UBI). É desde 2013 um dos elementos do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), onde desenvolve uma nova terapia para a recuperação de doentes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O estudo que está a desenvolver na Faculdade de Ciências da Saúde valeu-lhe, na última semana, a “Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência”. “Nesta fase do trabalho, o que podemos concluir é que esta formação ajuda a reparar as células dos vasos que foram sujeitos a um ambiente semelhante ao que acontece no cérebro. Portanto, nós achamos que estamos no caminho certo”, explica. Lembra, contudo, que o trabalho se encontra “numa fase preliminar”, mas pronto para avançar com as colheitas de sangue e com o desenvolvimento do modelo animal, onde serão feitas experiências mais complexas.
Se tudo correr como esperado e o estudo feito na UBI contribuir para melhorar a recuperação das pessoas vítimas de AVC, a terapia poderá ser aplicada num prazo de “cinco a 10 anos”, prevê a investigadora. “Parece muito, mas é o processo natural que acontece. Porque depois têm de ser feitos testes de segurança nesta formulação para ter a certeza de que quando passar para o indivíduo não tem quaisquer riscos”, explica.
[Fonte e Foto: Universidade da Beira Interior]