O tabagismo nos jovens: Afirmação, sentimento de pertença ou rebeldia?
Segundo os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas em 2022, 14,1% da população portuguesa, com mais de 16 anos, fuma diariamente, “seja por consequência de um ambiente familiar desestruturado ou por uma competitividade e comparação mais acérrimas, sublinhando a sensação de não-merecimento e de um ruído emocional permanente, levando os jovens a procurar formas de escapismo ou adormecimento”, explicou Carlota Franco, Terapeuta de Desenvolvimento Pessoal, em entrevista.
Desabrochando como “uma busca de prazer imediato para compensar uma dor ou trauma com a qual não se consegue lidar ou integrar”, é importante “identificar a origem, recorrendo ao trabalho interno de nos conhecermos, e reconhecendo os padrões comportamentais adquiridos durante a vida.”
Mas, a indústria do tabaco revela ser um poderoso influenciador, que “ataca implacavelmente a camada juvenil”, através de “publicidade aligeirada, que retira o ónus negativo inerente ao consumo”, sendo crucial “promover a ação, em vez de permanecerem em hábitos automáticos.”
Contudo, a gestão da pressão académica “na exigência de um grau de desempenho e dedicação no percurso” representa um mecanismo obrigatório para a aquisição de uma “autoconsciência corporal e mental”, impulsionada por “práticas como o desporto, a meditação e a respiração consciente.” “Não dar o peixe mas ensinar a pescar“, frisou.
Conselho?
“Gostaria que os jovens se sensibilizassem para as ferramentas inatas que possuem dentro de si, proporcionando um maior entendimento de si próprios, sobre as emoções, sentimentos e padrões mentais, não perdendo o seu poder pessoal em comportamentos aditivos inconscientes. Este processo deveria ser ensinado nas Escolas, uma vez que é a ponte que nos conecta a todas as dimensões do Ser.”
muito bom.Parabêns Carlota Franco