É a principal conclusão do derradeiro Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) de 2017, que os estudantes farão chegar ao Ministro Manuel Heitor num documento enviado durante esta semana.
Os representantes do movimento estudantil voltaram a juntar-se no passado fim de semana, na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, para mais um ENDA que, desta vez, se centrou nas dotações orçamentais que são devidas a universidades e institutos politécnicos.
No final, foi concertado entre todos o envio ao Governo de um documento que pede a transferência rápida e assim que possível das dotações orçamentais para estas instituições, porque “não é com estes atrasos e incumprimentos que se desenvolve a Ciência e o Ensino Superior em Portugal”, de acordo com João Rodrigues, Presidente da Federação Académica de Lisboa (FAL), em declarações à Agência Lusa. Caso tal não se verifique até janeiro, o responsável máximo da FAL defende que “todos os estudantes devem equacionar medidas para exigir o cumprimento dos compromissos”.
Este documento pedirá ainda que seja repensado o modelo de financiamento do Ensino Superior, dado que o atual “não satisfaz ninguém: nem alunos, nem instituições, nem o Governo”, segundo João Rodrigues, chamando ainda a atenção para “as taxas e os emolumentos pagos pelos alunos”, que na opinião do movimento estudantil são “exagerados”. Para os bolseiros, por exemplo, será solicitada “a isenção global” destes pagamentos.
Finalmente, os estudantes consideram que o Orçamento do Estado para 2018 está melhor e que é “positivo, porém insuficiente” o aumento da dotação para o Ensino Superior.
[Fontes: Agência Lusa, FAL, FAP]