Segundo o Relatório do Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável (PNPAS) 2016, da Direção-Geral de Saúde, mais de metade da população portuguesa tem excesso de peso.
Pouca fruta e produtos hortícolas, mais carne do que peixe, demasiados refrigerantes e bastantes produtos fora da roda dos alimentos – estes são outras conclusões retiradas do estudo realizado em 2016.
Portugal está muitas vezes fora dos valores esperados e da média da União Europeia. Consome menos 6 por cento de fruta, 12 por cento de hortícolas e mais 10 por cento de proteínas (carne, peixe e ovos) do que o recomendado. Um dos dados mais problemático é que, em média, 20 por cento do consumo de um português está reservado para doces, bolos, bolachas, snacks salgados, pizzas, refrigerantes, néctares e bebidas alcoólicas.
O consumo de produtos hortícolas e de frutas é bastante baixo nas regiões autónomas (30,7 por cento nos Açores e 39,9 por cento na Madeira). De uma maneira geral, as faixas etárias mais baixas – crianças e adolescentes – são quem consome menos deste tipo de produtos, sendo a percentagem na sua alimentação de 31 e 34 por cento, respetivamente.
Foi também medida a adesão dos portugueses à Dieta Mediterrânica e chegou-se à conclusão de que, em média, as faixas etárias que mais aderem são as mais altas (chegando aos 16,3 por cento dos 60 aos 69 anos). No entanto, pessoas com um maior nível de escolaridade adotam mais este estilo de vida (portugueses com mais de 12 anos de estudo têm uma média de 16,6 por cento).
A obesidade a nível nacional é de 22,3 por cento, havendo mais casos de mulheres com esta doença. Por outro lado, há mais casos de pré-obesidade no nosso país (34, 8 por cento), sendo que aqui o número de homens é maior. Mais de 1/4 das crianças portuguesas dos 7 até aos 9 anos (30 por cento) têm excesso de peso, metade delas chega mesmo a ser obesa. No total, 57 por cento da população portuguesa tem excesso de peso.
Segundo o estudo, 15,8 por cento do número de anos perdidos de vida saudável é devido aos hábitos alimentares inadequados. Portanto, para viver mais e melhor, é apenas necessário alterar, passo a passo, os nossos hábitos alimentares.
[Fonte: Direção-Geral de Saúde]
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