Desabafos de um Universitário com… Leonor Filipa
Com uma presença envolvente e uma mente progressista, um dos rostos portugueses (mais) influentes carimba talento e representatividade feminina — sem filtros ou hesitações —, enquanto instiga brio individual e amor-próprio.
Transformando um “GRWM” — num manifesto de simplicidade, que suspira liberdade —, o limiar — entre o efémero e o eterno — assume uma postura empoderada e um sorriso espontâneo, que pulsa ousadia e irreverência.
A plataforma Musical.ly catapultou o fascínio pelo digital. Que momento‑chave converteu o mero entretenimento — numa carreira impactante?
Foi — em 2018 — que — após um dos vídeos viralizar — o inesperado aconteceu, atravessando fronteiras e atingindo uma panóplia de geografias — com 21 milhões de visualizações.
A partir daí, o crescimento contínuo originou a primeira proposta de parceria agenciada, tornando evidente que o espaço escondia um potencial maior e uma oportunidade de futuro.
Somando 893 mil seguidores no TikTok, o estilo eclético combina lifestyle, moda e beauty. O barómetro de um “brand voice” de sucesso reside na autenticidade?
As redes sociais exigem um olhar atento e uma capacidade de acompanhar e reinventar tendências, fornecendo-lhes um toque pessoal, que alimenta uma ligação — fundamentada em fragmentos reais.
Todavia, o contexto de exposição constante estimula e engana, provocando comparações silenciosas e pressões invisíveis, que impõe foco na autoconsciência — em detrimento do ruído.
A cadência intensa, que emerge e desaparece — em 24 horas —, põe à prova a produtividade. O descanso desbloqueia?
100%.
O ritmo frenético fomenta a urgência de estarmos — sempre — no timing certo ou “em cima do acontecimento”, mas a criatividade e a consistência reivindicam pausas — em modo offline —, uma vez que os momentos — isentos de ecrãs — devolvem clareza e trazem novos sonhos — provenientes de uma conversa repentina ou de um pequeno detalhe do quotidiano.
O coletivo “BRK” — liderado por Cifrão e lançado pela Luvin — esgotou o palco do Capitólio e do Rock in Rio, anunciando uma despedida chocante. A experiência abriu portas?
Absolutamente.
O projeto integrou um ambiente de descoberta, que construiu amizades, refletindo referências e reconhecendo o meu lugar — num ecossistema desafiante.
Porém, a genuinidade ganhou contornos definidos, que conduziram a uma aprendizagem imersiva, consolidando uma identidade resiliente.
Mediante colaborações de prestígio, como Adidas, McDonald’s, Samsung, Sprite, Citroën e L’Oréal, o alcance mede-se por engagement. O briefing tem de deter critérios, que respeitem a tua voz?
Sim!
Mais do que aceitar um trabalho, a edificação de conexões — com propósito — solicita transparência e confiança mútua para executar conteúdos, que fluam, viabilizem valor e causem resultados — acima da média.
A magia só advém de um diálogo sincero e de uma convicção segura.
Luís Pedro Nunes afirmou — num artigo de opinião — que “influencer é o hiperelevador social mítico e — aparentemente — o mais democrático meio para chegar à riqueza”. O pré-conceito predomina?
Há uma perceção superficial enraizada — reduzida à fama instantânea ou à ideia de “querer aparecer” —, que camufla a dedicação, o esforço e a originalidade — prescritos para manter a veracidade.
As publicações nunca se basearão — apenas — em números ou likes, tratando-se de conceber uma comunidade próxima e um à vontade único.
A mudança — de Vila Real para Lisboa — espelhou um salto para o Ensino Superior — assinalado pela Licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona. A transição manifestou ser um impulso inovador?
Optando por uma área, que me preenchia, a formação — aliada à expressão e à tática — permitiu o contacto com Televisão, Rádio e Marketing, bem como assegurou a convivência com colegas, que partilhavam interesses e inquietações semelhantes.
A motivação aprofundou a compreensão sobre o caminho, que iniciei — desde então —, fortificando escolhas — alinhadas com o desejado.
O compasso acelerado de aulas e deadlines requer a adoção de estratégias. O equilíbrio faz a diferença?
De certo.
A organização auxilia uma performance de excelência, ajustando o estudo à criação, através do planeamento antecipado das semanas e da reserva de uma janela de tempo para apontar insights e tarefas.
O cronograma oferece uma estrutura flexível, que possibilita abraçar formatos e cumprir prazos — desprovidos de sobrecarga ou frustração.
Hoje, a Cidade FM possui emissões, onde exerces o papel principal — em dinâmicas complexas e enriquecedoras?
O estágio em Locução concedeu raízes a uma paixão antiga, que materializou a apresentação de palpites, o acompanhamento de concertos e a realização de entrevistas a artistas, proporcionando uma vivência incentivante — juntamente com uma equipa qualificada — e fascinante.
Ao pisar o estúdio, cada palavra dita ao microfone confirma a relevância de uma interação honesta e íntegra.
Que legado ambicionas produzir na sociedade?
Almejo inspirar — com os pés bem assentes no chão.





































