Académicos e alunos lançam plataforma contra a “lógica empresarial” nas universidades
A plataforma Universidade Comum, apresenta-se como um Think tank e foi lançado no fim-de-semana em que juntou professores, investigadores, alunos e trabalhadores das instituições académicas, alinhados para contrariar “narrativas dominantes” no setor.
As principais lutas passam pelas propinas, financiamento, estabilidade e modelo de gestão das instituições.
O objetivo desta plataforma é que seja um espaço de debate e de ação. A vontade dos fundadores do think tank é de passar a ter uma palavra a dizer nas discussões sobre o setor, como a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, atualmente em curso.
Os estudantes querem que as instituições de ensino superior deixem de ser apenas “fábricas de estagiários” para alguns sectores de atividade e que em Portugal, existem vários casos de académicos que tem de dividir a sua carreira por mais do que uma instituição porque não existe estabilidade.
A primeira iniciativa pública do grupo acontece nesta terça-feira, dia 7 de fevereiro, num debate online.
Os membros do Universidade Comum discutem o financiamento do sistema de ensino superior e ciência, num momento em que o Governo tem em curso uma revisão do atual modelo, depois de, no final do ano passado, ter apresentado um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre o tema.
Estas sessões digitais terão um período entre Março e Maio. Os debates vão abordar assuntos sobre o governo, a democracia, a gestão das instituições académicas, a estabilidade no ensino e na investigação e ainda as missões da Universidade.