Problemas de saúde mental podem afetar e reduzir a produtividade dos trabalhadores em 12 dias por ano
A Fundação José Neves lança guia para ajudar empresas a promover a saúde mental dos trabalhadores que concluiu que problemas s de saúde mental podem afetar e reduzir a produtividade dos trabalhadores em 12 dias por ano.
A valorização da saúde mental e bem-estar nos jovens é cada vez mais fundamental no ambiente de trabalho saudável, valorizando a produtividade e a captação e retenção de talento. Esta é uma das indicações do “Guia para
empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores?” e dirige-se a todas as empresas e gestores que “pretendam melhorar a sua atividade e garantir a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores”.
O stress, a falta de identificação com as funções e na relação com os colegas, são as principais consequências por que sofrem os trabalhadores.
O guia disponibiliza várias práticas para a criação de um ambiente de trabalho saudável, sobretudo exemplos práticos de empresas como a Accenture, BIAL, EDP, Farfetch, GALP e REN, que servem de inspiração para outras neste processo de mudança.
O Presidente Executivo da Fundação José Neves, Carlos Oliveira, refere:
Torna-se imperativo que as empresas não só apostem cada vez mais no
bem-estar e saúde mental dos trabalhadores, mas que também percebam
que o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional só traz benefícios: na
produtividade, no ambiente de trabalho e nos índices de satisfação gerais
dos trabalhadores. Metade das 16h disponíveis do dia são passadas no local
de trabalho, pelo que é extremamente importante investir em saúde mental
e em práticas que se traduzam numa melhoria das condições no local de
trabalho. Este Guia contempla várias estratégias para sensibilizar gestores e
decisores para fomentar um ambiente de trabalho mais saudável a todos os
níveis.
Segundo os dados apresentados no Guia ” 1,39 milhões de portugueses em idade
ativa sofrem de doença mental e que Portugal é o 4º país europeu onde se
trabalham mais horas por semana (cerca de 41,7 horas semanais em
comparação com as 40,9 horas semanas da média europeia)”. O equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional tem sido uma das principais dificuldades dos indivíduos, sendo que 298 horas de trabalho por ano – o equivalente a 12 dias – não apresentam os níveis de produtividade adequados.
Revela ainda que “as empresas que investem na saúde mental dos seus trabalhadores poderão ter um retorno económico de 9x, através do aumento
de produtividade ou menor rotatividade entre trabalhadores”. Neste sentido, cerca de 70% das pessoas com problemas de saúde mental recuperam totalmente nas empresas que reconhecem os sinais da falta de saúde mental, valorizam-nos e tomam medidas para contribuir para a sua melhoria.
Entre as várias práticas que podem ajudar a reduzir problemas de saúde mental, destaca-se a criação de espaços de descanso e lazer para os trabalhadores usufruírem durantes as pausas, permitir intervalos de 5 a 15 minutos, fomentar a escuta ativa, oferecer psicoterapia, realizar reuniões mais individualizadas e pontos de situação frequentes para a equipa ou trabalhadores específicos.
Consulta aqui o “Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores“.