Foi enviada, esta quarta feira, uma carta ao primeiro ministro onde doze associações e federações académicas de Portugal Continental e Ilhas apelaram a que António Costa mantenha a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior como área ministral no próximo governo, sendo assim criada uma tutela única que junte as três áreas.
Os estudantes acreditam, assim, que caso o Ensino Superior e a Ciência sejam divididos em duas Secretarias de Estados diferentes, esta reorganização prejudicará tanto a articulação como a coordenação entre as duas áreas.
“Por sermos um país plenamente comprometido, a nível nacional e europeu, com o reforço do Ensino Superior e da Ciência, ambos essenciais no apoio à transição ecológica e digital, mas também à promoção da equidade e inclusão sociais, apelamos a V. Ex.ª que o decreto-lei que vier a aprovar o regime de organização e funcionamento do XXIII Governo Constitucional mantenha a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior como área ministerial, ao invés de promover uma tutela única que agregue Educação, Ensino Superior e Ciência”, pode ler-se na carta enviada ao primeiro ministro português.
A carta enviada a António Costa, com conhecimento do Presidente da República Portuguesa, partidos políticos com representação parlamentar, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos termina com um pedido de audiência, por parte dos estudantes universitários, para que se possam “retratar a realidade dos alunos do Ensino Superior e o seu papel na reconstrução do País pós-pandemia”.
A carta é subscrita pela Associação Académica de Lisboa (AAL), pelas associações académicas das universidades dos Açores, do Algarve, de Aveiro, da Beira Interior, de Évora, da Madeira, do Minho de Trás-os-Montes e Alto Douro, assim como as federações académicas de Lisboa e do Porto e pela Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico.