O Iscte – Instituto Universitário de Lisboa está a montar o primeiro Centro de Valorização e Transferência de Conhecimento em Portugal e uma das principais preocupações é a prestação de serviços a empresas, organizações e serviços públicos nos processos de transformação digital.
Vai chamar-se “Iscte – Conhecimento e Inovação” e tem como missão estimular a interface da universidade e dos seus centros produtores de ciência com o tecido económico e social português. Uma das singularidades deste centro de Valorização e Transferência de Conhecimento é a aplicação do conhecimento produzido pelas ciências sociais e humanas, fomentando a sua articulação com as tecnologias digitais.
O centro de investigação procurará responder aos desafios da especialização prioritária da CCDR-LVT nos setores da “saúde”, da “mobilidade e transportes”, e das “indústrias culturais”. Mas o projeto não se esgota nesses domínios. Segundo Maria de Lurdes Rodrigues, “o Iscte está empenhado em mobilizar os investigadores e o conhecimento científico de diferentes áreas do saber para a criação de soluções que contribuam para a recuperação económica do país”.
Este será constituído por oito centros de investigação, dez laboratórios e três observatórios da instituição que vão ser transferidos para as antigas instalações do Instituto da Mobilidade e dos Transportes – IMT, na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa.
“É cada vez mais necessário produzir conhecimento numa escala abrangente, que envolva diferentes áreas”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do Iscte. “Nenhum problema enfrentado pelas sociedades contemporâneas pode ser resolvido com o contributo de apenas uma disciplina: em todos os casos exige-se trabalho interdisciplinar e colaborativo, envolvendo sempre as ciências sociais e humanas, com recurso às tecnologias digitais e às ciências de dados”.
“Para o Iscte é claro que na base é necessário produzir conhecimento de forma continuada.. “Nestes processos há muitos temas que podem beneficiar do trabalho colaborativo e do cruzamento de diferentes saberes: este centro de Valorização e Transferência de Conhecimento nasce, precisamente, para propiciar e potenciar esse cruzamento”.
Segundo a reitora do Iscte, a integração de diferentes grupos e de diversos recursos de investigação atualmente dispersos no campus da universidade irá melhorar as condições do trabalho colaborativo entre as equipas.
Simultaneamente, o projeto irá tornar mais visível a investigação produzida no âmbito da universidade, o que irá permitir uma valorização do conhecimento desenvolvido e a sua aplicação na prestação de serviços a empresas, a organizações e a serviços públicos.