Quase metade das mulheres (47%) que trabalham na área da tecnologia acreditam que os efeitos da COVID-19 atrasaram a sua evolução na carreira, apesar de uma percentagem semelhante acreditar que a igualdade de género é mais provável de ser alcançada através de estruturas de trabalho à distância.
Embora o confinamento pudesse ser visto como um possível acelerador para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres em cargos de IT, os preconceitos sociais persistentes têm impedido este potencial avanço.
O novo relatório da Kaspersky “Women in Tech, Where are we now? Understanding the evolution of women in technology”, apurou que quase um terço das mulheres que trabalham na indústria tecnológica preferem trabalhar em casa do que no escritório e que trabalham mais eficientemente a partir de casa e até 33% afirmam que até têm mais autonomia.
Contudo, mais estatísticas deste relatório evidenciam como o potencial do teletrabalho para as mulheres desta área não está a corresponder a uma progressão social nesta dinâmica de “trabalhar a partir de casa”.
Quando as mulheres foram questionadas sobre as funções do dia-a-dia que prejudicam a sua produtividade ou progresso no trabalho, 60% afirmaram que tinham feito a maior parte da limpeza em casa, em comparação com 47% dos homens; 63% tinham sido responsáveis pelas tarefas escolares em casa, em comparação com 52% dos homens; e 54% das mulheres tiveram de adaptar o seu horário de trabalho mais do que o seu parceiro masculino para cuidar da família.
Como resultado, 47% das mulheres acreditam que os efeitos da COVID-19 atrasaram, em vez de melhorarem, a sua progressão global na carreira.
Embora estes exemplos de disparidade social não sejam específicos do campo da tecnologia, cerca de 41% das mulheres na área (em comparação com 34% dos homens) acreditam que estabelecer um ambiente de trabalho igual seria melhor para conseguirem evoluir na carreira e 46% consideram que o trabalho à distância é uma excelente forma de alcançar essa igualdade.
Para mais informações, podes consultar o relatório “Women in Tech, Where are we now? Understanding the evolution of women in technology” completo, aqui.