Este fim-de-semana, decorreu o Encontro Nacional de Politécnicos, numa sessão webinar, que contou com a presença do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com a Secretaria de Estado da Valorização do Ensino Superior.
A Secretária de Estado da Valorização do Ensino Superior, Isabel Ferreira, referiu a importância dos estabelecimentos de Ensino Superior no processo de coesão territorial, assim como a relação destes com o tecido empresarial local. Isabel Ferreira destaca “a versatilidade do ensino politécnico, quer pelas características inerentes ao subsistema, quer ao nível das respostas sociais, nomeadamente na resposta à testagem à covid-19.”
Os jovens discutiram igualmente “Ação Social no Interior”, acusam o Governo de falta de visão estratégica e cumprimento do Plano Nacional de Alojamento. Nesta sessão, as juventudes partidárias (Jovens – Bloco de Esquerda, Juventude Popular, Juventude Social Democrata e Juventude Socialista) aferem que a tutela necessita de refletir sobre o modelo do complemento ao alojamento, assim como de fazer uma análise ao mercado imobiliário em momento de crise pandémica. Para além disso, os jovens concluem que, ao nível da Ação Social Direta, os mecanismos de atribuição de bolsas necessitam de ser mais céleres de forma a dar uma melhor resposta aos estudantes. Constatou-se que, neste momento, ainda há estudantes sem respostas sobre este processo.
No terceiro plenário, que contou com a participação do Presidente da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto da Assembleia da República, Firmino Marques, e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, defendem que é necessário uma intervenção no que concerne ao interesse dos jovens pelas diferentes matérias políticas. O Secretário de Estado acrescenta que “os jovens têm-se mostrado muito participativos” e, nesse sentido, acrescenta que a tutela tem pensado um Plano de incentivo ao associativismo estudantil.
Numa sessão que contou com a presença da Presidente do Conselho Coordenador do Ensino Superior (CCES) e CEO da Altran Portugal, Célia Reis, e o Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos, destacam a importância da ligação do ecossistema académico para o mercado de trabalho. Célia Reis deixa a nota de que “tem de haver uma maior plasticidade nos modelos de ensino”, assim como incentivos à frequência de ciclos curtos para os jovens e adultos acompanharem as tendências.
Num debate entre diferentes visões partidárias, discutiu-se a Reorganização do Sistema de Ensino Superior e a possibilidade do subsistema politécnico poder outorgar 3º ciclos de estudos. A opinião é concenção: todos os partidos presentes admitem a possibilidade do Ensino Superior Politécnico poder lecionar Doutoramentos.
Na sessão de Encerramento, o Ministro Manuel Heitor destaca os feitos no ensino politécnico, nomeadamente no que diz respeito à capacidade inovadora de atrair mais estudantes para o Ensino Superior através de programas adaptados, nomeadamente os CTESP. A par disso, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior identifica este subsistema como o motor mais adequado à “democratização do ensino” e capaz de converter a população adulta “à ideia de aprendizagem ao longo da vida”.