Como é que surgiu a música na tua vida?
Comecei a cantar aos 12 anos. Perdi o meu irmão muito cedo, então fiz uma música para ele, foi uma das minhas primeiras canções.
Tens alguma memória de infância relacionada com a música?
Muitas! Na altura, o meu irmão mais velho ouvia Michael Jackson, metia as cassetes a tocar em casa. Lembro-me também da minha mãe a passar a roupa e a ouvir todos os géneros de música, desde Funana, Kizomba, Pop, etc.
Em 2014 começaste profissionalmente, com um álbum. Até hoje já contas com quatro na tua carreira. Apresentas este ano um EP, que está a ser publicado faixa a faixa. O que é que traz de diferente?
Traz um Vado com mais experiência, com mais certezas do que quer fazer, e mais ambição. É um trabalho mais concreto.
Em julho lançaste a Justiça com o Mike11. Tem uma mensagem muito forte, é o teu olhar sobre a sociedade?
Exatamente, falo do meu ponto de vista do que se passa, sobre a violência e o racismo. Já muito mudou em relação ao passado, mas ainda há muita coisa que pode e deve mudar. Dei alguns exemplos, um pouco de tudo o que aconteceu em 2020. Entrámos no ano com expectativas, positividade, e a metade aconteceram coisas inacreditáveis… perdi 3 amigos, perdemos um colega de trabalho, o Mota JR… Tivemos alguns conflitos entre nós, mas somos colegas de trabalho. Falo disso tudo, tudo o que eu vejo na minha realidade.