É já no dia 23 de abril deste ano, que O Terno lançam o seu novo álbum, “atrás/além”. A Mais Superior foi descobrir de onde veio a essência musical do trio brasileiro que nos revelou, também, o que podemos esperar deste novo álbum.
Começaram com covers de grandes referências do rock, como os Beatles, como é que passaram depois para os vossos originais?
Quando formamos uma banda com 14 anos, serve para aprendermos, é uma escola muito boa. Mas no momento em que O Terno começou a fazer originais, aí é que começou a verdadeira arte de criação. Nós estamos sempre a explorar novas formas de escrever e tocar, a a mudança é natural. Estávamos a tentar aprender as músicas dos outros quando éramos crianças mas, ao mesmo tempo, estávamos a querer fazer e a descobrir as nossas.
“Na composição, são passadas coisas que viveu, que está pensando, que sentimos. A estrada toda é uma mistura de todas essas coisas”
Quem são as vossas principais referências musicais?
Variaram bastante ao longo dos anos. Há dias que estamos mais virados para cantar Caetano Veloso, outros jazz, Os Mutantes, Beatles, Capitão Fausto, Clube da Esquina… Temos muito de música brasileira, de rock clássico. Não sei se é o que mais ouvimos hoje em dia, mas ouvimos muito durante o nosso período de formação como músicos. Na composição, são passadas coisas que viveu, que está pensando, que sentimos. A estrada toda é uma mistura de todas essas coisas.
Vocês vão muito em breve lançar um novo álbum. O que podemos esperar do “atrás/além”?
É um álbum que desenvolve o que começamos a explorar no Melhor do Que Parece, mas de um jeito mais maduro. É um disco com unidades temáticas, diferentes de outros discos d’O Terno. Este novo álbum fala de uma só coisa, como se fosse uma só música de 50 minutos e tal. No “atrás/além” exploramos não ser uma banda de rock, mas um trio de músicos, não ficando presos a um formato de trio. Tem muitas orquestrações, é um disco interessante e diferente daqueles que já fizemos.
Qual foi a música do novo álbum que mais gostaram de criar ?
Difícil pergunta, viu? (risos) Cada música tem coisas que ficam boas e coisas que você acha que podiam ter ficado melhores. É difícil eleger uma, é como um filho. Os filhos são iguais aos álbuns. Mas varia também com o tempo, havia épocas que a música preferida era uma, depois era outra. A primeira que lançamos que se chama Nada/Tudo, é uma música que vai de uma coisa muito individual que passa para uma coisa muito grande, é muito interessante. Temos o terceiro single lançado, o Volta e Meia, que também foi muito legal porque tivemos participações especiais. Quem canta connosco são a Devendra Bannhart e o Shintaro Sakamoto.
[Foto: Divulgação]