Há dois anos que é este o lema do projeto da Associação de Estudantes da FCSH NOVA, um organismo que se transformou para se aproximar dos alunos. Mais medidas de apoio, um maior número de atividades e uma aposta mais firme no desporto tornam esta AE mais forte, dentro da faculdade e a nível nacional.
Quando a atual direção da AE FCSH começou a desenvolver o seu projeto, o objetivo era estimular a participação de toda a gente, e aproveitar as ideias de cada elemento e de cada aluno. Hoje em dia, marcam presença nesta Associação de Estudantes quase todos os cursos de Licenciatura da faculdade, e o sentimento de pertença é generalizado.
A “mudança de paradigma” que se tem registado – nas palavras do Hugo Lopes Silva, Presidente da Associação de Estudantes da FCSH NOVA – tem tornado este organismo “mais forte”. Ao desafio de equilibrar a tesouraria, esta direção aliou a organização de mais de uma centena de atividades, o que faz desta AE uma das mais ativas a nível nacional.
E fizeram-no para poderem chegar a todos os alunos, o que é um desafio numa faculdade onde a heterogeneidade é uma das principais características. Para isso, o Departamento Cultural desta Associação de Estudantes vai de A a Z, da arte ao cinema, da stand-up comedy às sessões de poetry slam.
Mais forte está também a atividade desportiva. O pelouro do Desporto da AE FCSH juntou à inovação o contacto mais próximo com os atletas e com as equipas. O objetivo passa por ter “mais gente a praticar desporto, sobretudo ao nível da competição, mas sem esquecer a importância de fazer desporto de forma mais informal e os hábitos de vida mais saudáveis”, de acordo com o Hugo Silva. A comprovar isso está a organização da I Corrida da NOVA (ver caixa).
Proximidade aos alunos
A AE FCSH promove a proximidade com os estudantes, ajudada desde logo pela localização central do seu espaço dentro da faculdade. Isso leva também à maior vontade dos alunos em participar nas atividades da sua AE, o que se traduz em cerca de 150 pessoas a colaborar regularmente em toda a logística, em cerca de 2/3 da comunidade académica a participar ativamente nas iniciativas, e em processos eleitorais sempre muito concorridos. Na opinião do atual Presidente, “há muita gente interessada na participação cívica, e conforta-me saber que existe concorrência e oposição, porque é algo que nos faz estar sempre alerta e porque é uma forma de avaliação externa ao nosso trabalho, feita por pessoas que muitas vezes trazem boas ideias, e que tentamos depois aproveitar”.
Representatividade externa
Fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, a AE FCSH reforçou também a sua posição a nível externo, nomeadamente no seio da Associação Académica de Lisboa e da Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa. Segundo Hugo Lopes Silva, as pessoas passaram a olhar “de maneira diferente” para esta faculdade, e a “valorizar mais” as suas propostas, o seu sentido crítico e o seu empreendedorismo. Com isso, torna-se “mais fácil” chegar à tutela e é possível “uma maior proximidade, não só com os órgãos dirigentes do país, como também com a própria cidade de Lisboa e com as suas forças vivas”.
O Conselho de Estudantes
Outra das medidas implementadas ao longo deste projeto foi a criação do Conselho de Estudantes, um organismo importante de diálogo com os órgãos diretivos da faculdade. Todos os meses, membros deste conselho reúnem com o Reitor, com a Administração do Serviço de Ação Social e com o Presidente das Unidades Orgânicas, e destas reuniões têm resultado medidas que fazem a diferença no dia a dia dos alunos na FCSH, como a implementação do estatuto de estudante-atleta, a isenção de emolumentos para os alunos bolseiros e a diminuição para metade do valor do diploma.
O futuro no novo campus
Com a passagem da FCSH para o campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa, a Associação de Estudantes terá também muito a ganhar. Desde logo, pela integração numa comunidade de cerca de 10 mil alunos, e que tem muito por onde crescer. No atual espaço, já faltavam condições, como “as salas de aula e espaço para os núcleos de estudantes poderem trabalhar”.
No novo campus, bem como no tempo que resta ao atual, o Presidente da AE FCSH diz estarem “lançadas as bases” para que este organismo se assuma, cada vez mais, como um dos que melhor trabalha a nível nacional.
I Corrida da NOVA
Uma atividade pioneira, dirigida especificamente à comunidade académica da instituição. No dia 8 de novembro correram-se 5 quilómetros, com partida na FCSH NOVA, passagem pelo Campo Grande e pela Cidade Universitária, regresso pelo Bairro do Rêgo e meta, de novo, no pólo de Ciências Sociais e Humanas da NOVA. A atual direção da AE FCSH espera que esta seja apenas a primeira de muitas edições desta corrida.
[Reportagem: Tiago Belim]
[Fotos: AE FCSH]