A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), em conjunto com os seus 56 associados, que representam cerca de cento e cinquenta e quatro (154) mil estudantes do Ensino Superior Politécnico, defendem que o ensino politécnico tem condições para estabelecer p grau de doutor, através de uma vertente mais profissionalizante e técnica.
Os Presidentes dos Conselhos Gerais dos Politécnicos afirmam que o grau de doutor é essencial ao desenvolvimento das instituições e do país.
O doutoramento ocorre agora sobretudo enquanto condição de entrada na carreira de docência e não como consequência ou término de um percurso académico e está apontado como o seguimento lógico para quem quer desenvolver as suas competências num domínio específico. Nos politécnicos portugueses existem atualmente condições para a formação doutoral, havendo estudantes de doutoramento a fazer os seus trabalhos em politécnicos, com a orientação no dia a dia de docentes e investigadores dos politécnicos, mas que têm de estar inscritos em universidades, nacionais ou estrangeiras, nas quais irão defender as suas teses.
Os trabalhos de doutoramento são um elemento importante no desenvolvimento da I&D+i realizada e esta é cada vez mais importante para promover o conhecimento necessário ao desenvolvimento económico e social das regiões e das empresas, serviços e administração pública. Os doutoramentos nos Politécnicos seriam realizados numa perspetiva profissionalizante, prática e técnica, acompanhando o desenvolvimento e respondendo diretamente às questões e problemas existentes nas empresas. As Instituições de Ensino Superior Politécnico foram cruciais para o desenvolvimento de algumas áreas de estudo, e, principalmente, para o desenvolvimento económico e social de todo o território onde se localizam os Politécnicos, tendo contribuindo também para a coesão territorial.