Escolas públicas de Enfermagem propõem ao Ministério do Ensino Superior criação de programa para renovação do corpo docente.
O Órgão que representa o ensino da profissão em estabelecimentos financiadas pelo Estado português apresentou estudo sobre o envelhecimento dos professores de Enfermagem: mais de um terço tem para cima de 60 anos de idade, sendo que o próximo quadriénio pode significar a aposentação destes 226 docentes. O documento também propõe soluções para uma situação onde é urgente intervir, no quadro de um exigente e demorado processo de qualificação do corpo docente.
Assim o conselho Nacional do Ensino Público de Enfermagem (CNEPE) apresentou, na semana passada, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, um conjunto de propostas para a urgente renovação do corpo docente das 20 instituições públicas com programas de educação nesta área profissional. Duas outras propostas do CNEPE consistem na «criação de estatuto especial de docente de Enfermagem em articulação com as unidades de saúde, permitindo a realização de tempo parcial naquelas», e na representação da área disciplinar de Enfermagem nos «sistemas de avaliação e financiamento da ciência».
Apresentaram o documento, no Palácio das Laranjeiras, a Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Aida Cruz Mendes, e os professores Lucília Nunes (Escola Superior de Saúde do Politécnico de Setúbal) e Manuel Lopes (Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Évora), da mesa de coordenação do CNEPE. Compõem a rede de ensino público de Enfermagem, que cobre todo o território nacional, as três escolas superiores de Enfermagem não integradas (Porto, Coimbra e Lisboa), as escolas superiores de Enfermagem das universidades de Évora e do Minho, as escolas superiores de Saúde dos institutos politécnicos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu, e as escolas superiores de Saúde das universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Madeira e Trás-os-Montes e Alto Douro.