No âmbito do PRECASE – Programa de Reforço de Capacidades do Sistema Educativo, que decorre desde 2019 e é financiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua -, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) ministra agora uma formação avançada na Guiné-Bissau, dirigida aos docentes das escolas de formação de educadores e professores de todo o país, através da sua Escola Superior de Educação (ESE/IPS).
A ação arrancou no passado dia 31 de janeiro, com a presença de uma equipa de quatro docentes da ESE/IPS, e vai ter a duração de um ano (750 horas). O programa prevê um modelo de ensino de aprendizagem híbrida, conjugando metodologias presenciais e online.
“O objetivo é reforçar as capacidades do sistema educativo e, nesse sentido, foram construídos planos curriculares com maior atualidade e adequados às necessidades de formação de educadores de infância e de professores do ensino básico”, explicam Pedro Felício e Miguel Figueiredo, coordenadores da equipa da ESE/IPS.
De acordo com o Politécnico de Setúbal, em comunicado, a iniciativa acreditada pela ESE/IPS abrange todas as Escolas de Formação Inicial da Guiné-Bissau, “permitindo aos professores com nível de bacharelato reforçar competências, aprofundar conhecimentos e obter o grau de licenciatura”.
Alguns dos desafios sentidos pela EPS/IPS, na Bissau, prendem-se com “a falta estrutural de recursos materiais, como livros ou materiais manipuláveis”, mas igualmente com “bastante adesão e motivação para a participação no projeto e para a adoção de novas formas de abordar os diversos conteúdos”, ressalvam.
O programa PRECASE prolonga-se até ao ano de 2023 e visa o aumento dos padrões de qualidade da educação e da aprendizagem nos subsistemas pré-escolar, ensino básico e secundário na Guiné-Bissau – sendo financiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, implementado pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), em parceria com o Ministério da Educação e Ensino Superior da Guiné-Bissau (MENES), ESE/IPS e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.