As relações unilaterais ou parassociais – aquelas que se desenvolvem com qualquer personalidade mediática, real ou fictícia, e que percebemos como uma pessoa muito próxima de nós – continuam a crescer em todo o mundo.
Esta é uma das conclusões da investigação global desenvolvida pela Kaspersky que contou com a participação de mais de 15.000 pessoas em 25 países.
Este estudo concluiu que quase metade (47%) dos utilizadores das redes sociais acreditam que os influenciadores que seguem lhes proporcionam uma forma de “fugir à realidade”. Mais de um em cada cinco (21%) acredita que “podem ser amigos” dos influenciadores que seguem e cerca de 22% chegaram ao ponto de enviar uma mensagem privada a um influenciador.
Este estudo, integrado na campanha “The Social Dilemma” em Portugal, é uma iniciativa que pretende alertar os utilizadores para os perigos das redes sociais e promover o uso equilibrado e seguro destas plataformas.
De acordo com a psicóloga Filipa Jardim, “o digital tem ganho um espaço crescente nas nossas vidas nos últimos anos. A Pandemia e o isolamento imposto durante um ano e meio tornou o online um escape sedutor, que se por um lado nos permitiu manter conectados com o mundo, por outro lado fomentou desconexão de nós mesmos. Através dos comportamentos observados e relatos partilhados, percebe-se que as barreiras entre a vida real e a vida digital se têm esbatido, por vezes de forma muito perigosa. Confunde-se likes com intimidade, faz-se de um influenciador um suposto amigo próximo, espreita-se o mundo através dos conteúdos digitais partilhados e vive-se menos com os cinco sentidos.”
Em Portugal, a Kaspersky vai juntar a influenciadora Rita Serrano, e a psicóloga Filipa Jardim da Silva, para discutirem os perigos das redes sociais. Live na página de Instagram das participantes está agendado para o dia 18 novembro.