Durante o 2.º trimestre de 2020 verificou-se uma grande quebra nas apostas desportiva online face a períodos anteriores e um aumento de apostas em apostas em jogos de fortuna ou azar online, de acordo com dados relativos à atividade de jogo online do 2.º e 3.º trimestre, divulgados pelo Gabinete do Ministro de Estado, da Economia e Transição Digital. Mas porquê? Nesse semestre estiveram em vigor as medidas mais restritas para combater a pandemia de Covid-19 e a maioria das competições desportivas foram suspensas e os casinos estiveram encerrados.
Já no terceiro semestre, a atividade de exploração dos jogos e apostas online regressou a níveis mais próximos ao período pré-pandémico.
“No terceiro trimestre de 2020, verificou-se um regresso da atividade de exploração dos jogos e apostas online para níveis e padrões mais próximos dos registados em períodos anteriores ao surto pandémico, assistindo-se, por comparação com o segundo trimestre deste mesmo ano, a uma recuperação dos montantes das apostas realizadas nas apostas desportivas à cota e a uma diminuição os jogos de fortuna ou azar”, lê-se num comunicado do Governo.
Os dados — disponíveis no Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos — mostram que houve um crescimento no número de registo de novos jogadores durante o 3.º semestre, com 156,8 mil novos registos. No trimestre anterior, tinha havido uma diminuição com 130,3 mil novos registos, menos 27,1 mil face ao 1.º semestre. A maioria dos jogadores (62%) tinha idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos.
Durante o 2.º semestre, o mais marcado pelo novo coronavírus, 48.7% dos inscritos em sites de apostas jogaram apenas jogos de fortuna ou azar, enquanto 34.4% preferiu as apostas desportivas. No 3.º trimestre, a situação inverte-se e os números regressam “ao normal”: 44.7% jogaram apenas apostas desportivas e 33.4% jogos de fortuna ou azar.
De acordo com o mesmo comunicado, a evolução observada no 3.º semestre resulta não só “da gradual reabertura de diversas atividades económicas e do desaparecimento das medidas restritivas impostas até então”, mas também do “aumento do número de licenças (foram emitidas mais 6 novas licenças, por comparação com as existentes no 3º trimestre de 2019) para a exploração de jogos e apostas online”.