O Governo pretende que no próximo ano letivo as aulas retomem as atividades letivas presenciais, mas a Associação Académica de Lisboa não concorda com este cenário visto que Lisboa é a área com mais casos de infeção do país.
Numa reunião com o secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira e a Associação Académica de Lisboa (AAL), a associação expressa a vontade de que as aulas presenciais apenas devem acontecer com as unidades curriculares práticas, à semelhança do que ocorreu no final do ano letivo e as aulas teóricas continuarem em regime online.
A AAL demonstra preocupação pelas aulas presenciais devido ao número de casos que existem diariamente na região de Lisboa e defende um leque de medidas para salvaguardar a proteção de todos os estudantes do Ensino Superior.
Já as regiões do Porto e Coimbra é diferente e querem seguir o plano do Governo. Daniel Azenha, Presidente da Associação Académica de Coimbra dá preferência a que todas as unidades curriculares devem ser presenciais, “há colegas das áreas das humanidades que acabam por ter todas as aulas teóricas e há muito mais colegas do que pensávamos sem acesso à internet ou a um computador, que saíram prejudicados com o ensino à distância.”
É nesta linha de pensamento que o Presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Marcos Alves Teixeira, afirma que “a retoma das aulas presenciais deve acontecer, sempre que possível. Se um auditório não permitir a presença de 50 pessoas lá dentro com dois metros de distância, se calhar não será possível”.