Pela Participação juvenil
Com a aproximação das eleições legislativas, que irão ocorrer no dia 6 de Outubro um dos grandes combates que surge é o da participação da juventude.
Objectivo que exige a discussão da realidade da vida da juventude ao invés da postura adoptada pelos partidos de política de direita que mostram uma preocupação cínica que culpabiliza os jovens perpetuando o problema com políticas de desprezo pelos seus problemas e de ataques às liberdades democráticas, até porque a taxa de abstenção elevada favorece aqueles que apostam na continuação de políticas alheias aos interesses da juventude e do povo.
São inúmeras as dificuldades que concorrem para afastar a juventude da participação na vida democrática, como a sobrecarga horária nas escolas, as regras do Estatuto do Aluno, os exames nacionais, o elevado custo da educação, o Processo de Bolonha, os vínculos precários, horários desregulados, baixos salários.
Acrescem agora os cortes de financiamento que o Movimento Associativo sofreu pelo PSD/CDS e que não foram sequer repostos pelo governo do PS, que deixou muitas associações limitadas na sua acção.
Por fim as ingerências e ataques às liberdades e garantias democráticas é indissociável desta questão da abstenção.
Quando directores e professores impedem estudantes de organizar uma Reunião Geral de Alunos e por vezes até de constituir uma Associação de Estudantes; quando dentro das faculdades os estudantes são perseguidos por seguranças por distribuírem panfletos sobre o elevado custo do ensino superior; e quando trabalhadores são relocalizados, postos de parte e mesmo despedidos, por participarem em acções de luta ou serem sindicalizados, está em causa a participação na vida política por parte da juventude que continua a resistir.
As ingerências, as barreiras, o desinvestimento acima referidos são instituídos e perpetuados pelos partidos de política de direita com o objectivo único de afastar a juventude de todos os espaços que representam discussão e luta contra as políticas que eles aplicam. Combater a elevada taxa de abstenção entre os jovens implica combater e tentar alterar o quadro que a juventude vive nos vários planos da sua vida, combate que a CDU e os seus activistas têm nas escolas, nos locais de trabalho e no plano da Assembleia da República.
Texto de Mónica Mendonça – Candidata pela CDU às Eleições Legislativas pelo Círculo Eleitoral de Lisboa
A Mais Superior pediu a membros dos partidos políticos presentes na Assembleia da República para te falarem sobre a importância do voto e do combate à abstenção.