A solidariedade para com os colegas mais necessitados levou os judocas da Universidade do Minho a tirar a roupa para um calendário. A ideia é angariar fundos para o Fundo Social de Emergência.
O Judo é uma arte marcial e um desporto olímpico que assenta sobre fortes valores morais. Esta combinação procura desenvolver indivíduos capazes, que sejam uma mais-valia para a sociedade, e é a própria Unicef a recomendar o Judo como um dos desportos a ser praticado por crianças, jovens e adultos.
Embuídos deste espírito, os judocas da Universidade do Minho decidiram despir-se de preconceitos e posar para um calendário cujas verbas reverterão totalmente para o Fundo Social de Emergência, uma prestação isenta de taxas, atribuída em situações pontuais a alunos com dificuldades económico-sociais, com impacto negativo no normal aproveitamento escolar do estudante.
A Universidade do Minho é, concretamente, a Instituição de Ensino Superior com maior número de bolseiros. Em 2013/2014 foram atribuídas 5286 bolsas, e em 2014/2015 este número já vai nas 4911. Ricardo Macedo, aluno do Mestrado em Marketing e Estratégia, e Marta Coelho foram os responsáveis pela conceção gráfica do calendário, e dois dos modelos também. O primeiro diz que “poder fazer a diferença” foi a sua “principal motivação”, a segunda aponta o Judo como o fator que lhe deu “a confiança para tirar a roupa – há dois anos atrás não seria capaz”.
Concretizando a sua opinião, estes dois jovens defendem que “o ensino deve ser universal e acessível a toda a comunidade, não apenas o ‘ensino fundamental’. Devem ser criados mecanismos de suporte financeiro para quem mostra interesse e empenho, que tenha valor e que queira construir valor para os outros. O Fundo Social é um deles”.
[Foto: Universidade do Minho]