Doutoramento: Uma aposta vantajosa?
Chegaste ao final do Mestrado e tens dúvidas sobre se é realmente vantajoso (académica, profissional e financeiramente) continuar a apostar na formação?
Efetivamente, o Doutoramento não é compensatório para todas as áreas ou para todo o tipo de pessoas, por isso vamos perceber se este 3º ciclo de estudos poderá ser (verdadeiramente) uma mais-valia para a tua vida!
O que é na prática um Doutoramento? Qual a diferença principal entre o Doutoramento e os anteriores ciclos de estudos?
No Doutoramento pressupõe-se que o/a aluno/a produza conhecimento novo, totalmente original, enquanto nos ciclos anteriores, estuda-se o conhecimento que já existe e que não representa qualquer novidade para a comunidade académica.
O que implica a realização de um Doutoramento?
Se estás disposto/a a investigar, estudar, ir a conferências, estudar, investigar novamente (e a repetir tudo isto várias vezes), então, esta é uma opção válida para ti!
Um Doutoramento implica realizar testes, experiências, confrontar hipóteses, auscultar os pares, assistir a conferências e, no final da formação, submeter todos os estudos realizados a um grupo de especialistas para avaliação técnica, com o objetivo de pôr à prova os conhecimentos produzidos e debatê-los junto de outros académicos especializados na área.
A quem se dirige o Doutoramento?
Um Doutoramento dirige-se, por norma, a pessoas que queiram prosseguir a carreira académica, dar aulas no Ensino Superior – desde 2009 que a admissão de novos docentes no Ensino Superior requer o grau de Doutor -, a quem pretende realizar trabalho de investigação numa área específica ou para quem procure trabalhar na área da Inovação. Existem também profissões que exigem Doutoramento para ingresso no mercado de trabalho.
Em áreas como a Saúde, a Ciência, as Tecnologias e a Engenharia, o Doutoramento é um grau de qualificação bastante valorizado. De acordo com dados recolhidos pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), nos últimos 12 anos, a área de Ciências Sociais e Humanidades é a área científica em que se constatou, um maior crescimento do número de Doutoramentos, apesar das teses em Ciências da Engenharia e Tecnologia também terem registado um aumento.
Quais as vantagens?
- Investir num Doutoramento pode ser uma forma de criar novas e promissoras oportunidades profissionais, no âmbito da carreira académica ou de investigação, pois concede qualidade e prestígio profissional;
- Permite uma especialização, numa determinada área de conhecimento;
- Abre portas a novas e enriquecedoras oportunidades;
- Enriquece o CV, destacando os indivíduos de imediato;
- O valor do salário pode ser mais atrativo (comparando com outros graus de formação). Um Professor Assistente pode auferir por mês 2.500 euros, enquanto um Professor Catedrático pode receber mais de 5.000 euros.
Duração média e custos
Não existe uma duração predefinida do 3º ciclo de estudos, nem um número de ECTS correspondente. Este parâmetro é estabelecido pela respetiva Instituição de Ensino Superior responsável. Contudo, o mais frequente é que tenha uma duração de 6 a 8 semestres e 180 a 240 ECTS.
Nesse sentido, os custos também variam… Para além da duração, o prestígio, a qualidade, a Universidade e a respetiva área de conhecimento, fazem variar o valor da propina correspondente a um curso de Doutoramento.
No Ensino Superior Público, o valor da propina é fixado mediante os cursos e a sua qualidade, com um valor mínimo correspondente a 1/3 do salário mínimo nacional em vigor e um valor máximo calculado a partir da aplicação do índice de preços no consumidor do Instituto Nacional de Estatística.
O grau de Doutor corresponde ao nível 8 do QNQ (Quadro Nacional de Qualificações) e do QEQ (Quadro Europeu de Qualificações).