Mitos e Verdades do Natal
O Natal é uma época em que a magia se instala em miúdos e graúdos… O relógio deixa de importar e o mundo inteiro cabe dentro da nossa casa e come à nossa mesa. Não querendo estragar a magia, sabemos que há muitos mitos relacionados com o Natal, certo? Será que o dia 25 de dezembro é mesmo a data em que se deveria assinalar o Natal? De onde surgiu a icónica figura do Pai Natal?
Revelamos-te agora (quase) tudo sobre esta quadra!
O que representa e o que se celebra no Natal cristão?
Antes de fazermos um fact-check é importante percebermos o que é que se assinala, de facto, no dia 25 de dezembro. Para os cristãos, o dia 25 de dezembro assinala o nascimento de Jesus, filho de Deus, mas esta celebração ganha inúmeros contornos, conforme as diferentes religiões e zonas do globo. Por exemplo: No caso dos cristãos ortodoxos, o nascimento de Jesus é assinalado no dia 7 de janeiro. Porquê?
Na realidade, os cristãos ortodoxos assinalam o nascimento de Jesus no mesmo dia que os restantes – 25 de dezembro -, contudo, os ortodoxos regem-se pelo calendário juliano que está sempre 13 dias atrasado face ao gregoriano (utilizado pela maioria dos países). Por isso, de acordo com o nosso calendário, esta data coincide com o dia 7 de janeiro.
Porque se celebra o Natal a 25 de dezembro se não se conhece a data concreta em que Jesus nasceu?
Há indícios de que as civilizações já comemoravam o dia 25 de dezembro, cerca de 7 mil anos antes de Cristo – o que pode parecer contraditório face à associação que se faz atualmente a esta data. Contudo, o que os nossos antepassados celebravam neste dia era o início do solstício de inverno, um momento que representava o renascimento, a renovação e o momento em que a luz vencia as trevas, pois a partir dessa data, o sol teria mais tempo para iluminar o planeta, o que era favorável para a agricultura e tinha impacto na qualidade e quantidade de alimentos disponíveis nos meses seguintes.
O Pai Natal foi uma criação de uma empresa de refrigerantes para promover a marca?
Não, a origem do Pai Natal é muito mais antiga do que qualquer refrigerante. A figura do Pai Natal tem uma associação religiosa, a São Nicolau, um bispo, que nasceu na Turquia, no ano 280 d.C., e foi ele quem inspirou a criação desta figura icónica do Natal. São Nicolau tinha, de facto, parecenças físicas com a figura do Pai Natal, mas há mais semelhanças! Este era conhecido por ajudar as pessoas mais necessitadas, deixando sacos com moedas perto das chaminés das casas.
Contudo, ao longo dos anos, a indumentária tem vindo a sofrer alterações… Até ao final do século XIX, o Pai Natal era representado com roupa castanha ou verde-escura.
A primeira vez que surgiu uma referência a um velhote rechonchudo num trenó foi no poema “The Night Before Christmas”, de Clement Clarke Moore, um professor americano. Em 1863, Thomas Nast, um cartoonista americano, desenhou uma representação do Pai Natal, já muito semelhante à que conhecemos hoje.
Mas, o Pai Natal gorducho de barba branca e com um fato vermelho surgiria apenas em 1930, quando uma empresa de refrigerantes contratou o ilustrador Haddon Sundblom, com o intuito de criar uma campanha de Natal para esse ano, e foi a partir daí que se popularizou esta figura do imaginário de tantas crianças e adultos por todo o mundo.