Universidades privadas portuguesas e da América Latina vão partilhar alunos e professores
Alunos e professores serão partilhados entre as universidades privadas portuguesas e das universidades de toda a América Latina e Caribe, no âmbito de um Acordo-Quadro de Cooperação.
A Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado – APESP e a Rede de Associação Latino-Americana e Caribe de Universidades Privadas – REALCUP assinaram, em Buenos Aires, na Argentina, um Acordo-Quadro de Cooperação que permite a mobilidade de alunos, de professores e de investigadores entre as universidades privadas e as universidades de toda a América Latina e do Caribe.
Este acordo foi assinado pelo diretor-Executivo da APESP, Miguel Copetto, e pelo presidente da REALCUP, Héctor Sauret.
Este protocolo tem como objetivo promover o complemento dos ciclos de estudos em universidades privadas de Portugal e estudantes portugueses a poderem fazer o mesmo em instituições prestigiadas da Argentina, Brasil, Panamá ou até México.
Os alunos terão a oportunidade de consolidar as suas competências na área da investigação através do acompanhamento de professores e investigadores que têm a mesma hipótese de mobilidade entre as universidades integradas no acordo, enriquecendo a sua carreira.
“O objetivo das universidades privadas portuguesas é aumentar as suas atividades de colaboração académica e relações institucionais nos diferentes países da América Latina e Caribe”, afirma Miguel Copetto.
Segundo o diretor-Executivo da APESP, esta cooperação entre os dois lados do Atlântic vai realizar-se através “da mobilidade multidirecional e bidirecional de estudantes e o intercâmbio de docentes, pesquisadores e gestores de universidades e instituições de ensino superior”. Estando prevista
A possibilidade de celebração de diplomas conjuntos e de diplomas duplos como mecanismo de cooperação entre países para impulsionar o desenvolvimento nacional e regional.
O Acordo-Quadro de Cooperação prevê a realização de pesquisas sobre o ensino superior entre os associados de ambas as organizações e outras redes universitárias. A organização de fóruns de discussão, análise e divulgação de diversos modelos académicos universitários é também contemplada. O propósito “é defender e promover políticas adequadas de ensino superior privado” em Portugal e nas Américas do Sul e Central.
Pelas palavras do presidente da APESP, António Almeida-Dias, “o futuro das instituições universitárias e politécnicas portuguesas passará por participarem ativamente em processos de fortalecimento das relações de cooperação internacional, neste caso entre universidades nacionais e da América Latina”. “Atualmente, a elevada qualidade do ensino superior português torna a nossa oferta formativa bastante competitiva internacionalmente, atraindo muitos estudantes estrangeiros, proporcionando novas oportunidades e desafios às instituições”.
Sublinha ainda que:
As universidades privadas têm prestado um importante contributo para o desenvolvimento económico, social, científico e tecnológico dos países”. Por essa razão, “a APESP está empenhada no estabelecimento de redes entre universidades privadas de grande robustez académica em todo o mundo, criando condições que facilitem o diálogo e a cooperação entre elas.
O objetivo da APESP “é promover a integração do ensino superior nos respetivos países, promovendo a criação de políticas de instalações educacionais adequadas, padrões educacionais uniformes e sistemas educacionais de qualidade”, proporcionando dinamismo internacional.
“Este dinamismo internacional da APESP tem por base o valor universal da liberdade de pensar em sociedades democráticas onde o valor da liberdade de educação surge como uma das principais defesas do cidadão contra pensamentos totalitários”, afirma Miguel Copetto. “O Acordo-Quadro de Cooperação com o REALCUP valoriza e promove liberdades fundamentais como a liberdade de aprender e de ensinar, a liberdade de criar projetos educativos inovadores e a liberdade académica”.