Investigadores da UA mais perto de revolucionar área das telecomunicações
Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) conseguiram provar a eficácia de um semicondutor, nitreto de gálio (GaN), na utilização de satélites mais eficientes e abre portas para um caminho mais perto de substituir os transístores utilizados atualmente.
A conclusão, deste estudo que durou seis anos, foi escrita num artigo recentemente publicado no periódico Scientific Reports, na prestigiada revista Nature.
Um Consórcio financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA) iniciou um projeto, em 2012, com o objetivo de utilizar um inovador transístor com nitreto de gálio, um semicondutor usado para amplificar ou trocar sinais eletrónicos, através de uma experiência a bordo do Alphasat, um satélite de telecomunicações. Assim, esta experiência foi até ao espaço para provar uma alternativa aos sistemas tradicionais e assim revolucionar o mundo das telecomunicações via satélite.
O GaN foi utilizado num circuito eletrónico, em 2013, desenvolvido pelo Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro, e o objetivo da equipa composta por Nuno Borges Carvalho, Hugo Mostardinha e Diogo Matos, estudou os efeitos da utilização do foi testar se os transístores feitos com aquele material eram mais resistentes.
Uma das perguntas é: porquê utilizar Nitreto de Gálio?
Nuno Borges explica que a “eletrónica baseada em GaN mudará a maneira como construímos sistemas no espaço”. O Investigador e professor do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) vai mais longe e diz que os sistemas tradicionais serão “completamente substituídos e poderão ser construídos com transístores de nitreto de gálio”.
Para além de ser capaz de nova tecnologia parecia ter as condições necessárias para substituir a tecnologia atual, permite serviços mais baratos, uma vez que o consumo energético dos satélites de telecomunicações diminuem – ao haver uma rede de telecomunicações via satélite.
O Investigador afirma que a alteração nos sistemas já está a acontecer para satélites de baixa órbita e explica ainda que acredita “que acontecerá em breve para outros sistemas e para alguns dos principais componentes de um satélite, como por exemplo os sistemas de telecomunicações” ou até para outros tipos de satélites.
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