Os tratamentos do cancro são cada vez mais personalizados, e o avanço nessa personalização só pode acontecer se compreendermos melhor o modo como os tumores se desenvolvem e comportam durante a terapêutica. Seguindo esta linha de raciocínio, um grupo de investigadores, liderado por Ana Teresa Maia, docente da Universidade do Algarve (UAlg) e investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), acaba de publicar um artigo na revista npj Breast Cancer que identifica um novo biomarcador para prognóstico em pacientes com cancro da mama.
Este biomarcador está associado às mutações mais comuns do cancro da mama e poderá ajudar a identificar o tratamento mais adequado para cada paciente. Os resultados alcançados são cruciais para pacientes e médicos. “As pacientes porque veem melhorias na compreensão da doença e na sua gestão clínica, o que leva a um aumento da qualidade de vida e das chances de sobrevivência. Os médicos, porque vão ter mais uma peça do puzzle nas mãos, que lhes vai aumentar a confiança nas suas decisões clínicas”, conclui a investigadora.
Este trabalho já deu origem a um pedido de patente para o desenvolvimento de testes para integração na prática clínica e foi também premiado pela Agência Nacional de Inovação (ANI), através do concurso Born from Knowledge (BfK) Ideas, que pretende promover uma cultura de valorização do conhecimento científico e tecnológico em Portugal. Atualmente, foi criada uma spin-off instalada na UALG TEC START, incubadora da UAlg, para licenciamento e desenvolvimento da tecnologia.
O artigo pode ser consultado aqui.