O Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) foi criado com o propósito de ser o fórum de discussão de caráter consultivo, decisório e eleitoral de todos os estudantes do ensino superior, regendo-se pelos princípios da independência, da universalidade, da democraticidade, da independência e da autonomia.
As Associações Académicas, face ao atual contexto político do ENDA, demonstram o seu desconforto e questionam a legitimidade das moções aprovadas e consequente ação das mesmas, uma vez que a voz do movimento estudantil não se encontra verdadeiramente representada. O atual modelo do ENDA é marcado por discussões que se tornam, por vezes, demagogas e vazias, proporcionadas por jogos de interesse, não cumpre com os seus princípios e retira o real significado para os estudantes do ensino superior que o ENDA pretende representar.
O movimento Académicas Ponto, que integra as Associações Académicas, não pretende substituir o espaço de discussão do ENDA, mas sim contribuir ativamente para a consolidação da unidade do movimento associativo nacional. No entanto, a atual conjuntura criada e perpetuada por interesses próprios não permite uma discussão realmente representativa dos estudantes do ensino superior. Assim, o movimento Académicas Ponto, não compactuando com a sobrevalorização de estruturas em detrimento dos estudantes, avançará com pedido de reuniões próprias junto das devidas instâncias, de modo a apresentar as suas ideias enquanto estruturas representativas de estudantes do ensino superior.
O movimento Académicas Ponto afirma que o modelo do ENDA se encontra obsoleto, mostrando-se um regime estagnado, sem perspetiva de futuro, denotando-se um desrespeito à essência estrutural das Associações Académicas, face ao modelo federativo no panorama universitário e politécnico. Consequentemente, o ENDA não tem a devida valorização, que pode e deve ter, devido ao status quo, além de que o seu cenário atual, contribui para a centralização do ensino superior nas grandes áreas metropolitanas.