Uma equipa internacional, do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP) da Universidade de Coimbra, fez importantes descobertas no Curdistão iraquiano.
Uma pequena localidade, que tem como nome Kani Shaie, foi alvo de escavações por parte desta equipa portuguesa. Esta região tem uma importância geológica, porque está integrado no contexto regional dos grandes desenvolvimentos e transformações societais, entre o VI milénio a.C. e o final da primeira metade do século III.
A equipa de arqueólogos descobriu que «parte de uma ocupação com arquiteturas unicelulares com acesso para espaços de trabalho exteriores equipados com pequenos fornos e outras estruturas de processamento de alimentos, bem como materiais pouco comuns para a época, tais como metal».
Além de «várias impressões de selos cilíndricos, testemunhando práticas de selagem, de controlo de mercadorias e propriedade. Essas impressões, por norma associadas a contextos urbanos, das quais recolheram-se várias dezenas em Kani Shaie, e os motivos revelados demonstram que, afinal, um pequeno sítio como este, de simples arquiteturas, encontrava-se no centro do mundo, com ligações às grandes cidades do Sul Mesopotâmico, incluindo a região de Susa no atual Irão, a vales longínquos nas regiões montanhosas dos Zagros, à Síria e à Anatólia».
A equipa da Universidade de Coimbra, enquanto decorria as escavações, desenvolveu uma investigação complementar para compreender melhor as arquiteturas tradicionais, as técnicas construtivas, as morfologias arquitetónicas em diversas subdivisões da paisagem das regiões de montanha de Sulaimania.
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