O Politécnico de Leiria acaba de assinar um protocolo com a Câmara Municipal de Pombal para a abertura de um Núcleo de Formação naquele concelho do distrito de Leiria, que vai entrar em funcionamento já no próximo ano letivo 2021/2022. Neste primeiro ano o Núcleo de Formação de Pombal vai ter a oferta de seis Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), sendo esperada a colocação de aproximadamente 120 estudantes. A assinatura do protocolo decorreu ontem, dia 2 de julho, no auditório da Biblioteca Municipal de Pombal.
Os seis cursos TeSP que vão estar em funcionamento no Núcleo de Formação de Pombal são de três Escolas Superiores do Politécnico de Leiria: Comunicação Digital e Intervenção Social e Comunitária, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS); Inovação e Tecnologia Alimentar e Marketing Digital no Turismo, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM); Secretariado Clínico e Gerontologia, da Escola Superior de Saúde (ESSLei).
O novo núcleo de formação é, segundo Rui Pedrosa, «mais uma afirmação do Politécnico de Leiria e um alinhamento estratégico do país», estando ligado com os objetivos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e que são uma parte do aviso nº 1 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), designadamente o impulso jovem, mas também o impulso adulto.
«Somos a instituição de ensino superior com mais estudantes em Cursos Técnicos Superiores Profissionais. O Politécnico de Leiria tem aproximadamente 13.500 estudantes, em que mais de 2.000 são em cursos TeSP. Destes, aproximadamente 80% vêm de cursos profissionais, o que não acontece em todo o país», acrescentou Rui Pedrosa.
As instalações do núcleo de formação são da responsabilidade da Câmara Municipal de Pombal, na Zona Industrial, numa localização perto do centro da cidade, em estruturas modulares e com todas as condições para o seu funcionamento. No entanto, o objetivo é que, até 2023, sejam construídas novas instalações no centro de Pombal.
«Queremos preparar-nos para o primeiro e segundo ano de funcionamento destes cursos superiores em Pombal, mas queremos também assegurar que tudo possa correr da melhor maneira possível. Por isso, hoje
Por sua vez, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Politécnico de Leiria que, nas palavras de Manuel Heitor, «sabe muito bem abrir a sua oferta formativa». «Já o faz há muitos anos. Em Leiria, nas Caldas da Rainha, em Peniche, na Marinha Grande, recentemente em Torres Vedras, e agora em Pombal», salientou o ministro.
«As instituições de ensino superior do futuro são aquelas que conseguem perceber a realidade dos territórios e das regiões. E aquelas que, mantendo a linha de um ensino tradicional, diversificam e especializam a oferta com base em formações não tradicionais. São as instituições que, para além do que é a oferta tradicional do ensino superior, lançam ofertas em estreita colaboração com as regiões, olhando para as necessidades das populações, e facilitando um ensino superior de proximidade, quer ao nível da formação inicial, quer ao nível da pós-graduação e formações informais», afirmou Manuel Heitor.
«A VIPEX tem a meta de duplicar a sua faturação, aumentando a sua produtividade e criando mais emprego. E isso é exatamente aquilo que o país precisa. Este é um exemplo do que se quer desenvolver nesta zona e noutras zonas do país. Uma interação contínua entre as empresas, a atividade de investigação, inovação e de educação», destacou Manuel Heitor, sublinhando a marca do Politécnico de Leiria na região: «A presença desta instituição é particularmente crítica para a construção de um sistema regional de inovação, sendo que as empresas inovadoras precisam de estar num ecossistema inovador».
Para o presidente do Politécnico de Leiria, a cooperação com a VIPEX é um «bom exemplo de como a instituição está nesta relação com as empresas». «Estamos ao serviço da sociedade, não temos muros e trabalhamos muito esta ideia da empregabilidade qualificada, para melhorar a qualidade de vida desta região. Porque isso passa por termos empresas economicamente competitivas, o que só se faz com conhecimento», destacou Rui Pedrosa.
Por seu turno, o administrador da VIPEX, Jorge Santos, garantiu que a empresa está «sempre à procura de soluções quando existem oportunidades de negócio». «O que pretendemos e estamos aqui a fazer é gerar valor aos clientes e reduzir custos», referiu o empresário.