Uma das grandes dificuldades sentidas pelos alunos que terminaram o ensino secundário ou a licenciatura é saber o que fazer a seguir. Muitas vezes as questões que passam pelas suas cabeças são “candidato-me a mestrado?” “faço uma formação intensiva”, “começo à procura do primeiro emprego?”, “tiro um ano sabático?” e, por isso, há que saber que opções ter em conta e parar para planear.
Segundo Munique Martins, responsável pelo campus de Lisboa da escola de tecnologia Ironhack, “tendo em conta o contexto em que vivemos e as mudanças radicais que ocorreram no mercado de trabalho, o momento de terminar a licenciatura e de planear o futuro pode parecer assustador. No entanto, são muitas as opções que existem para recém-licenciados começarem a criar o seu rumo, desde ingressar de imediato no mercado de trabalho, a fortalecer as suas competências em novas áreas. Como tal, é fundamental ter conhecimento destas opções e perceber de que forma podem ajudar a preparar o sucesso profissional de cada um”.
Nesse sentido, a Ironhack, escola líder de educação em tecnologia, deixa cinco sugestões para quem precisa de ajuda a encontrar um caminho após a conclusão do seu curso:
1. Realizar uma autoanálise
A primeira coisa que deve ser feita quando existem dúvidas sobre o percurso a seguir, depois de se concluir um curso, é uma autoanálise. Descobrir-se enquanto pessoa, os talentos e profissões que melhor se adaptam ao perfil de cada um pode ser uma boa reflexão para identificar qual é o próximo passo. Nem sempre o curso que se escolheu pode ter sido o mais ideal, como tal deve-se ter em conta que cada pessoa tem os seus interesses, ambições e projetos futuros que podem e devem ter relevância nas decisões tomadas. Nenhuma decisão está certa ou errada, todas têm as suas vantagens e desvantagens.
2. Optar por realizar um estágio profissional
Para os que terminam o curso com a certeza de qual a área de emprego que querem seguir, os estágios profissionais são a perfeita opção para ingressar no mercado de trabalho e ter a primeira experiência de emprego. Para além de adquirir as suas primeiras competências no terreno, o estagiário vai desenvolvendo uma rede de contactos, que pode ser bastante importante para o seu futuro profissional. Apesar de não ser definitivamente certo que a pessoa fique na empresa após o estágio, a experiência ganha é muito apreciada pelos recrutadores.
3. Fortalecer competências e continuar a formação na mesma área de estudo (upskilling)
Para os que pretendem continuar a sua formação e adquirir competências práticas e especializadas antes de ingressar no mercado de trabalho, existem várias opções. Se o objetivo for apostar numa vertente mais teórica e generalista, por um período mais alargado, um mestrado pode ser o melhor caminho. Por outro lado, se o objetivo for adquirir uma especialização numa área digital ou tecnológica de forma rápida, através de um ensino mais prático, os bootcamps e cursos intensivos são a melhor alternativa. Devido aos seus currículos mais orientados às necessidades do mercado de trabalho e à ligação destas escolas com empresas da área, estes bootcamps acabam, muitas vezes, por oferecer uma entrada mais direta no mercado de trabalho. Por exemplo, alunos licenciados em áreas como antropologia, design ou arquitetura, procuram, muitas vezes, complementar a sua formação com este tipo de bootcamps de vertente tecnológica, nomeadamente na área de UX/UI Design, onde as competências que adquiriram previamente servem de base para entrar no mundo tech. Já alunos de gestão e marketing, procuram sobretudo cursos de Data Analytics, uma das áreas mais promissoras, com taxas de empregabilidade elevadíssimas. Como tal, é fundamental, fazer uma boa pesquisa dos cursos existentes em ambas as opções e verificar qual a que melhor se adequa ao perfil de cada um.
4. Adquirir novas competências e ingressar numa nova área profissional (reskilling)
Para os que estão prestes a graduar-se em áreas cuja taxa de desemprego subiu devido à pandemia, uma opção poderá ser apostar numa nova carreira e adquirir novas competências. Isto é também possível graças aos cursos ou bootcamps intensivos e imersivos que se focam em competências digitais e tecnológicas com alta procura profissional, nos dias de hoje. Este tipo de cursos são normalmente períodos de formação reduzidos, destinados a pessoas sem qualquer experiência prévia na área, podendo ser feitos em formato full-time ou part-time, permitindo que uma pessoa trabalhe enquanto estude. Pessoas formadas em áreas como turismo ou humanidades, podem optar por, após a licenciatura, realizar um destes cursos/bootcamps, aumentando assim as suas hipóteses de ingressar no mercado de trabalho. Exemplo deste tipo de formação é a escola Ironhack, que ajuda entrar no crescente setor da tecnologia, através de cursos nas áreas de Web Development, UX/UI Design, Data Analytics e Cybersecurity, cujas candidaturas já se encontram abertas.
5. Tirar um ano sabático ou também denominado por gap year
Para quem pretende conhecer melhor o mundo que o rodeia antes de decidir que caminho deve tomar, um ano de pausa pode ser a melhor opção. Neste sentido, é importante considerar quais são as atividades que ajudarão a pessoa a desenvolver-se tanto pessoal como intelectualmente. Se o objetivo do ano sabático for tirar férias e fazer uma pausa dos estudos, cuidado! É preciso uma determinação muito maior quando se fica parado muito tempo sem se exercer intelectualmente. O gap year é uma opção quando é fundamentado com atividades que possam enriquecer o intelecto, tais como: realizar voluntariado, atingir objetivos específicos e ou explorar interesses pessoais, ganhar experiência profissional fora da área de estudos, viajar pelo mundo, entre outras. O importante é definir-se à partida o que fazer durante esse ano de pausa.