Nos últimos dois anos, mais de metade das mulheres (56%) a trabalhar na área tecnológica assistiram à evolução da igualdade de género dentro da sua organização e 70% chegam mesmo a afirmar que as suas competências e experiência foram colocadas à frente do seu género, ao longo do processo de candidatura ao primeiro emprego nesta área.
Este progresso, num curto espaço de tempo, representa mais um passo para a inclusão no setor, mas, de acordo com um estudo realizado pela Kaspersky, ainda há muito a melhorar. O aumento do teletrabalho no último ano também surtiu um efeito positivo neste âmbito, com 46% das mulheres a concordar que a igualdade de género melhora entre equipas que trabalham remotamente.
Este estudo da Kaspersky analisa o longo caminho da igualdade de género, sendo que a reflexão completa dos resultados pode ser encontrada a partir de hoje no novo site oficial. Embora se tenha registado uma melhoria global ao nível da representação de género, cerca de um terço (38%) das mulheres afirma que a falta de profissionais femininas na indústria tecnológica as faz recear entrar no setor.
Embora estes números sejam baixos, eles enfatizam a lacuna entre as melhorias graduais e a igualdade completa. Esta ideia é suportada pela opinião que partilham 44% das mulheres sobre o facto de os homens progredirem mais rapidamente do que elas dentro da indústria tecnológica. Um número semelhante (41%) concorda que uma representação de género mais igualitária conduziria a uma maior igualdade na progressão na carreira.
Para assegurar que as experiências positivas de carreira das mulheres deve reforçar-se a ideia de que a indústria tecnológica tem lugar para as mulheres trabalharem e serem bem-sucedidas e este caminho precisa de começar a ser trilhado muito mais cedo.
Mais empresas por todo o mundo começam agora a introduzir quotas que garantem uma representação mais equilibrada das suas forças de trabalho. Mais do que números, elas foram concebidas para aumentar a probabilidade de os comportamentos virem a ser alterados e para reduzir o sexismo dentro dos ambientes de trabalho, assim como permitir que mais mulheres alcancem cargos seniores e a criação de mais modelos femininos, que possam partilhar experiências de carreira positivas com jovens que tenham interesse em enveredar pelo mundo tecnológico.
Para obteres mais informações sobre o percurso das mulheres na tecnologia podes ver o relatório completo da Kaspersky Where are we now? Understanding the evolution of women in technology.