Três estudantes da Universidade Católica no Porto, Luciano Rezende, da Escola do Porto da Faculdade de Direito, Henrique Varino da Silva, finalista da licenciatura em Direito, responsável por garantir a qualidade dos conteúdos, e Ana Campos, estudante da Faculdade de Educação e Psicologia, que terá a seu cargo a certificação da qualidade didática do ensino, criaram uma plataforma digital que permite a consulta de vídeo-aulas, casos práticos e seminários para que estudantes e juristas possam manter-se atualizados relativamente a alterações neste ramo. Ficará online no primeiro trimestre de 2021 e terá subscrição mensal.
“A nossa plataforma será contruída como uma espécie de ‘Netflix’ do Direito, onde iremos segmentar os temas de estudo pelos grandes ramos – Direito Privado, Direito Civil, Direitos Reais –, de forma a oferecer uma grelha de conteúdos abrangente e que possa ser útil a todos estudantes de Direito em Portugal, independentemente da Faculdade que frequentem”, explica Luciano Rezende.
“Um dos grandes propósitos e fatores diferenciadores deste projeto empreendedor é colocar os estudantes no papel de docentes”, explicam os promotores, acrescentando que alguns dos melhores alunos de mestrado da Católica no Porto serão responsáveis pela criação das vídeo-aulas.
Tanto Luciano Rezende como Henrique Varino da Silva, frequentaram o programa ADN do Jurista, iniciativa que visa o desenvolvimento integral e transversal dos alunos e que lhes permitiu desenvolver um conjunto de competências que assumem terem sido essenciais neste projeto.
“O ADN do Jurista é o programa mais importante da Faculdade de Direito, uma vez que não visa apenas formar bons juristas, mas bons seres humanos, que irão chamar para si o protagonismo e a responsabilidade de enfrentarem os desafios das suas vidas, sendo futuros agentes transformadores na sociedade”, afirma Luciano Rezende. “Este projeto não seria possível sem este programa, que teve um papel primordial na minha formação intelectual e humana”, acrescenta.
Henrique Varino da Silva também destaca a importância do ADN do Jurista: “A interdisciplinaridade do programa ajudou a sensibilizar-me para a dimensão da comunicação”. “No ADN do Jurista ficou claro que não basta apenas ter uma grande bagagem teórico-jurídica se não somos capazes de adaptar o método e a mensagem, consoante o público a que visamos transmitir o nosso conhecimento”, remata.
A iniciativa obteve uma classificação de 17 valores (numa escala de 20) e conquistou nota máxima nos requisitos “grau de inovação da ideia” e “resposta às necessidades do mercado” e será financiada pela Bolsa Startup Voucher.