A investigação da UÉ , Ecolives, indica que a retenção de resíduos de vegetação natural e a introdução de novos elementos estruturais como refúgios artificiais, estão entre algumas das estratégias para alcançar o equilíbrio entre a produção e a conservação em olivais.
O projeto Ecolives- Gestão Sustentável em Olivais Mediterrânicos elaborado pela Universidade de Évora esteve focado no estudo do papel dos vertebrados como aves e morcegos e dos invertebrados como vespas parasitóides desempenham como controladores da mosca e da traça da azeitona.
A equipa do projeto menciona que as pragas agrícolas e o uso de agroquímicos estão entre as principais causas de prejuízo económico. Foram feitos vários estudos que a utilização de meios naturais de combate às pragas possa constituir uma forma eficaz, ecológica e lucrativa de reduzir os prejuízos na produção agrícola.
Os principais resultados do projeto foram apresentados num seminário, destinado a produtores e a cientistas, que decorreu no dia 28 de fevereiro no Auditório de Conferências do Pólo da Mitra da Universidade de Évora.
“O olival no Alentejo tem aumentado consideravelmente durante os últimos anos, tornando-o num cenário chave para a conservação da biodiversidade. No entanto, estudos recentes sugerem que o aumento substancial da superfície destinada a este cultivo bem como as práticas de gestão aplicadas apresentam um impacto negativo considerável sobre a quantidade e abundância de inúmeras espécies. Paradoxalmente, muitas destas espécies têm demonstrado bastantes benefícios para os sistemas agrícolas, incluindo para o próprio olival.”, afirma José Herrera em comunicado.