Na perspetiva da Ecolojovem – os Verdes, não exercer o direito ao voto não funciona como protesto ou boicote. No sistema político em que vivemos, votar não é apenas um direito conquistado e consagrado na Constituição da República Portuguesa, é também um dever. Assim, exercer o direito ao voto é a única solução para alterar o rumo das coisas. Votar não é a única forma de participação cívica e democrática, até porque temos vários ativistas com menos de 18 anos que, não podendo votar, contribuem para a construção da democracia.
Nas eleições legislativas iremos votar para constituir um novo Parlamento, para eleger deputados e não para eleger um primeiro-ministro. É fundamental que se entenda isso, porque uma das formas de combate à abstenção é exatamente através da educação para a cidadania, para que as pessoas, sobretudo os jovens, entendam o sistema político português, visto que o desconhecimento só promove o afastamento.
Consideramos muito importante o combate à abstenção, sobretudo à abstenção jovem, mas são necessárias medidas concretas, entre as quais a promoção igual de todas as forças políticas na comunicação social, para desmistificar o “são todos iguais”. É necessário mais esclarecimento sobre a forma de funcionamento da democracia participativa em Portugal, mas também são necessárias condições de vida para os jovens para que estes tenham tempo para se envolver e participar na vida pública, associativa, cultural e democrática.
Votar é participar, é fazer escolhas e é uma forma de dar voz às populações.
Ninguém se deve demitir de intervir e participar, escolhendo aquele que considera ser o melhor caminho!
Texto de Beatriz Goulart Pinheiro – Membro da Direção Nacional da EcoJovem – Os Verdes/Candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa
A Mais Superior pediu a membros dos partidos políticos presentes na Assembleia da República para te falarem sobre a importância do voto e do combate à abstenção.