Já começou a contagem decrescente para a terceira edição do “Territórios Dramáticos”, evento organizado pelo Teatro da Didascália (fAUNA), companhia sedeada em Joane, Vila Nova de Famalicão.
Com o objetivo de apresentar um teatro que reinventa formatos ou que se reinventa a si mesmo a partir do espaço onde intervém, o Encontro realiza-se entre 17 e 27 de maio. No dia de abertura, será apresentado, às 21h30, “Oásis” – resultado de uma residência no fAUNA pelo Teatro do Frio.
O espetáculo apresenta-se como uma experiência transdisciplinar que “coloca em diálogo rotas e geografias de oito criadores nacionais, reequaciona a convenção dos espaços que vocacionam e exponenciam a partilha de conhecimentos e experiências e explora o corpo humano como interface físico, mental e sensorial a partir do qual nos disponibilizamos à escuta e ao dialogo”. De sublinhar que o Teatro do Frio é um coletivo que tem como missão a pesquisa teatral como processo de criação artística e promove o cruzamento de várias artes e artistas para redefinir a estética.
Há outros territórios para além do “Oásis”. O “Territórios Dramáticos” leva a Vila Nova de Famalicão mais três espetáculos e duas performances integradas no “zOOm: ver melhor”, um programa do Teatro da Didascália que pretende construir pontes entre a companhia e o seu público.
No dia 18 de maio (21h30), será a vez de “Concerto para Estrelas”, também do Teatro do Frio, uma experiência performativa e sonora que decorrerá no exterior do fAUNA – uma sala não-convencional rodeada por jardins e floresta, que serve de inspiração aos criadores.
Também no âmbito do Encontro, o Teatro da Didascália apresenta, no auditório da Associação Teatro Construção (ATC), “Argila: no princípio era o Verbo”, o terceiro e último espetáculo de um ciclo que explora a matéria e os materiais. A peça será apresentada dia 24 de maio (com uma sessão para escolas a 27 de maio), mas antes estará em cena no FITEI – Festival Internacional de Expressão Ibérica, nos dias 11 e 12 de maio.
Do Porto até Joane, o Teatro Experimental do Porto traz ao fAUNA, no dia 25 de maio, a sua mais recente criação: “O dia da Matança na história de Hamlet”, uma reinterpretação do dramaturgo Bernard-Marie Koltès, a partir do clássico “Hamlet”, de William Shakespeare.
Mas no fAUNA também se pensa nos mais novos. “Nada é o que já foi: Contos e Lendas da Amazónia”, do Teatro do Calafrio, é uma viagem pela floresta amazónica que pode ser explorada no dia 19 de maio, às 16 horas.
“Sopa de Jerimu”, de Graça Ochoa, é a paragem seguinte. O projeto satélite da Circolando – em cena a 26 e 27 de maio – é um espetáculo a solo de uma mulher que convive e ouve os segredos de várias abóboras. No final da apresentação, haverá mais uma edição do “Música da Época”, um momento de partilha quer musical quer culinária, utilizando o fruto do espetáculo.
O “Territórios Dramáticos” é um projeto anual do Teatro da Didascália dedicado à dramaturgia nacional e que tem como objetivo pensar as práticas de criação teatral sedimentadas por todo o país, privilegiando a pluralidade estética e artística.
Os objetivos são aproximar a comunidade de Vila Nova de Famalicão às artes performativas e promover um envolvimento ativo do público, incitando o seu desenvolvimento pessoal e cultural.
O preço dos bilhetes, por espetáculo, vai dos dois aos quatro euros (com desconto para estudantes, maiores de 65 anos e outros grupos).
[Foto: Divulgação]