A Nova School of Business and Economics está de cara lavada (quase pelas ondas que rebentam mesmo ali à frente) e milhares de alunos já começaram as aulas neste novo campus de Carcavelos. A Mais Superior falou com Manuel Felgueiras, presidente da Nova Students’ Union, para entender como correu esta transição e o que está nos planos para este novo ano letivo.
São a primeira faculdade pública a investir em novas instalações sem financiamento público. Isso pode trazer alguma alteração no panorama do Ensino Superior?
Foi um marco muito importante, tanto para nós como para o Ensino Superior no geral. Esta foi a primeira faculdade pública a investir em novas instalações sem qualquer financiamento público. Esse facto traz outra perspetiva ao Ensino Superior e à maneira como as faculdades conseguem melhorar as suas condições e instalações, provando que nem sempre têm de estar dependentes do Estado – que pode não estar, nesse momento, numa situação financeira estável para investir nessas instalações desejadas.
É tempo de estrear estas as instalações da Nova. Qual a sensação de saber que este projeto se tornou realidade?
Tem sido extraordinário podermos finalmente estar num campus onde existem todas as condições e mais algumas para podermos estudar e obter mais conhecimento nas áreas que queremos. Encaro como uma grande oportunidade, porque aqui podemos dar asas às nossas imaginações e aos nossos projetos, concretizá-los. Cada vez há mais espaço para os alunos. Não só para estudarem, mas também para fazerem parte da vida da escola. Isso para nós tem sido extraordinário, dia após dia há cada vez uma maior simbiose entre a escola e os alunos. Estes primeiros dias de receção correram bastante bem, as pessoas ainda estão aproveitar o calor e o facto da faculdade ser a 2 minutos da praia. As condições estão muito boas e está tudo muito bem encaminhado.
Quanto a projetos da Associação de Estudantes, o que está guardado para este ano letivo?
Candidatamo-nos sobre o mote “There for you”. Com o lema de estar lá para a escola e para os estudantes. A nossa visão é sempre procurar ter impacto na vida das pessoas e na vida da comunidade, porque sentimos a responsabilidade de deixar o legado da escola. Vamos continuar com os bons projetos que já existiam no ano passado, como é o caso dos três Ciclos de Conferências que organizamos. Temos o maior Ciclo de Conferências de Economia organizado por estudantes, que é o Economia Viva, a acontecer em fevereiro. Pela segunda vez, vamos ter uma semana totalmente dedicada às finanças – a Nova Finance Week – e uma semana de Empreendedorismo.
Esta “casa nova” faculta-vos mais condições e espaço para desenvolverem as iniciativas da Associação?
Claro. No que toca à Associação em si e ao impacto na vida dos alunos, queremos apostar mais no Desporto. No ano passado levámos a nossa equipa de Futebol a um torneio internacional em Paris. Este ano vamos abrir uma equipa de Rugby e queremos também abrir as nossas equipas de praia, tanto de Voleibol como de Futebol de Praia.
O nosso objetivo é ter uma maior participação nos Campeonatos Nacionais Universitários.
Estamos também a desenvolver cada vez mais medidas práticas que facilitam a vida dos estudantes. Um dos exemplos, que já está em funcionamento, é o facto de um estudante já não precisar de se deslocar à Associação de Estudantes para renovar a quota de sócio. Pode fazê-lo em apenas um minuto, através do computador.
Quanto ao quotidiano dos alunos na escola, o que vai melhorar?
Queremos aproveitar todas as condições do campus. No átrio principal há um ecrã gigante, de 24 metros quadrados, onde passam todas as informações da Sbe. Estamos a trabalhar em conjunto com a faculdade para que nesse ecrã possam também passar filmes, jogos de futebol e de outras modalidades. Isto para poder fomentar um maior convívio entre professores e alunos. Um dos grandes objetivos desta missão é ter impacto aqui na comunidade de Carcavelos e Parede. Estou confiante de que vamos trabalhar muito com a Junta de Freguesia e com a Câmara Municipal, para incidirmos nas áreas onde podemos ajudar, tanto nas escolas como na restante comunidade. Já que caem aqui de paraquedas 2500 jovens, vamos descobrir como eles podem ajudar a tornar Carcavelos e Parede um melhor sítio para estar.
[Fotos: cedidas pelo entrevistado]