Dizer a alguém como estudar é complicado… Cada um tem o seu método – e o que é bom para uns pode ser muito mau para outros! Ainda assim, há algumas dicas que fazemos questão de te deixar. Caso ainda não tenhas definido o teu método de estudo, estão aí algumas ideias – que podem parecer disparatadas, mas hey! não julgues de antemão: todos os génios têm, afinal, um quê de loucura:
- Gravar a matéria para depois ouvir. Estudar é uma ocupação full-time, mas todos sabemos que a tua vida passa por muito mais do que aulas e sessões de estudo. Assim, é comum encontrar um espécime de estudante universitário a levar o lixo à rua, a passear o cão, a limpar a casa. São atividades que acabam por nos exigir algum tempo e que, quando acompanhadas de música, até parece que se fazem melhor. E se te gravares a explicar a matéria e depois substituíres a música da tua playlist por essas gravações? Podes ouvi-las enquanto fazes as tarefas domésticas, antes de adormeceres… Ok, pode parecer estranho, mas há quem jure a pés juntos que resulta às mil maravilhas!
- Ligar o Modo Avião. Sim, é quase uma piada de tão irónico que parece. Sabemos que é impossível desligar por completo, até porque pode aparecer algum assunto urgente (geralmente esta é a desculpa usada, mas até faz sentido). Ainda assim, a urgência é relativa e acabas por perder-te nas constantes notificações que vais recebendo – uma mensagem da mãe a dizer que o gato subiu à árvore e agora não sabe descer, outra da amiga que precisa de conselhos por causa do namorado, a avó que telefona porque não sabe aumentar o volume do telemóvel, alguém que pediu para te seguir no instagram, as mil notificações das conversas de grupo do whatsapp, com dúvidas para o teste e queixas do pouco tempo que falta… Tens de arranjar uma forma de te desligar desse ciclo que destrói a tua capacidade de concentração! Tenta dar mute às aplicações que não te forem necessárias durante o estudo, ou até combinar contigo mesmo que durante um determinado prazo de tempo não vais olhar para o telemóvel. Meia hora é bom para começar. E não vale espreitar no ecrã quanto já passou! Leva antes um relógio no pulso.
- Não deixar nada por estudar. “Isto não vai sair! O professor nem falou durante muito tempo neste slide e deu muito mais destaque ao ponto seguinte, para além disso já saiu uma pergunta sobre isto no teste do ano passado e ele não ia repetir, quase de certezinha!” – Adivinharam a palavra-chave neste último discurso, que pode bem reproduzir o pensamento de alguém a estudar para uma frequência? É o “Quase”. Não se esqueçam que os professores já estiveram todos, sem exceção, do nosso lado. Sabem muitos truques e conseguem quase sempre arranjar forma de nos surpreender para que os testes sejam verdadeiramente desafiantes. É certo que já ouviste aquelas histórias de terror que começam com “Eu pensei que aquilo não saía…”. Não vais querer ser protagonista desse filme, pois não?
- Dividir para reinar. Sabemos que esta máxima era usada para efeitos diferentes, mas aqui também se adequa. Faz um plano de estudos, dividindo tarefas entre os tempos que vais tendo livres entre aulas e outras atividades. Não deixes tudo para o mesmo dia.
- Pedir apontamentos. Se faltaste a uma aula e sentes que deixaste alguma informação necessária para trás, pede a algum colega os apontamentos desse dia em questão. Os teus colegas de anos anteriores também são excelentes fontes de apontamentos a que podes recorrer. Não hesites em pedir que te emprestem. Podem ser muito úteis para teres por onde te guiar na hora de escrever os teus (leste bem, os teus: porque, apesar de tudo, não devemos deixar de o fazer – ninguém quer que se dê o caso de uma turma de 40 alunos dar toda o mesmo exemplo naquela pergunta específica ou errar no mesmo ponto porque os apontamentos não estavam certos).
- Mandar email ao professor. Não se trata de ser chato e não deves ter medo que a questão seja disparatada. Enviar um email ao professor a colocar uma dúvida só traz vantagens. Para começar, podes ser esclarecido por uma fonte de confiança (já que os teus colegas têm cada um uma teoria diferente e a internet também não está a ajudar). Para além disso, ainda passas a imagem de estudante dedicado e atencioso. Escusado será dizer que é tempo de criar um email “profissional” (basta o nome e o apelido) e dar por encerrado o reinado do jonyslb4ever@hotmailcom que criaste no sétimo ano. Lembra-te de te apresentares no início, de seres simples e conciso no conteúdo do email (e ter um cuidado extremo com a ortografia), de agradecer no final e concluir com um “Atenciosamente” ou um “Com os melhores cumprimentos”.
- Treinar a caligrafia. Com isto não queremos dizer que tens uma letra feia! (A não ser que estejas a estudar medicina, aí até podes encarar como indício de sucesso no futuro.) Não te esqueças do teu estojo e da boa-velha esferográfica, das canetras de cor, dos sublinhadores… Fazer os teus próprios resumos à mão é uma dupla vitória: treinas a caligrafia e ainda tens mais facilidade em processar a informação (quando és tu mesmo quem está a escrever, torna-se mais difícil que te esqueças).
- Alugar livros ou pedir emprestados. só não te esqueças de os tratar bem e resistir ao impulso de os sublinhar com aquele amarelo fluorescente – deixa isso para os resumos!
- Começar a demanda pelas fotocópias mais baratas. Talvez não valha a pena atravessar a cidade até à outra ponta porque é lá que está a papelaria onde as fotocópias a preto e branco custam menos 5 cêntimos cada… Quando estamos a falar de menos de 10 páginas! Vais ver-te a mãos com muito que imprimir e fotocopiar, por isso deves fazer uma pesquisa pelos sítios onde o podes fazer a baixo custo. Podes esperar um pouco mais na fila, mas a tua carteira agradece.
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