Quem tem um curso superior ganha mais 50 por cento face a quem tem apenas o 12º ano, e tem melhor qualidade de vida. Estas são as principais conclusões do livro Benefícios do Ensino Superior, que é apresentado hoje na Universidade do Minho, em Braga.
Este livro é agora editado, na sequência de um estudo com cerca de 2,8 milhões de trabalhadores do setor privado português, coordenado pela Universidade do Minho e financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os resultados mostram que parte significativa da satisfação dos licenciados deve-se aos rendimentos mais elevados e à maior empregabilidade que o Ensino Superior proporciona. “É importante recordar que os benefícios não se esgotam ao nível individual. Há benefícios coletivos que devem ser tidos em conta na discussão de política pública de Ensino Superior. Por exemplo, profissionais com baixa escolaridade auferem melhores salários quanto maior for a escolaridade dos seus colegas ou quanto maior for a proporção de licenciados na sua cidade ou região”, explica o coordenador Miguel Portela, da Escola de Economia e Gestão da UMinho.
Para além disso, os cidadãos diplomados tendem a ser mais ativos politicamente e a ter maior confiança no sistema político, nas instituições e na sociedade onde estão inseridos.
Esta obra é apresentada pelos autores Miguel Portela e Hugo Figueiredo (Universidade de Aveiro) no âmbito da conferência Ensino Superior: Estudar Compensa?, integrada no Mês da Educação e da Ciência. Segue-se um debate com Hugo Carvalho (presidente do Conselho Nacional da Juventude), Rui Vieira de Castro (UMinho) e Mariana Gaio Alves (Universidade Nova de Lisboa). O evento inclui ainda a apresentação do ensaio O Ensino Superior em Portugal, por João Filipe Queiró (ex-secretário de Estado do Ensino Superior) e Pedro Teixeira (Universidade do Porto).
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