Ameaça, difamação, insulto, intimidação e perseguição intencional e sistemática na internet. Estas são as formas de violência online que afetam 1 em cada 10 alunos.
É a grande conclusão de um estudo feito por uma investigadora da Universidade do Minho: 1 em cada 10 alunos já foi vítima de cyberbullying. A pesquisa, que tem o nome Cyberbullying e Cyberstalking surge no âmbito de uma tese defendida recentemente no Instituto de Ciências Sociais daquela faculdade por Luzia Pinheiro, autora do estudo, e revela as principais formas de violência na internet, e reflete sobre os principais motivos que podem levar alguém a praticar cyberbullying.
Elaborado com base em cerca de 200 inquéritos digitais feitos a alunos das universidades do Minho e da Beira Interior entre janeiro e março de 2013, este estudo serviu ainda para identificar 7 casos de perseguição online, vários casos de divulgação de vídeos de teor sexual sem autorização dos intervenientes, e usurpação de identidade digital através da criação de perfis falsos e do roubo de fotografias pessoais.
Ameaça, difamação, insulto, intimidação e perseguição intencional e sistemática na internet são, segundo o estudo, as formas de violência online manifestadas, e poderão existir vários motivos para que tal possa acontecer. Ainda de acordo com esta investigação, os distúrbios psicológicos, a má formação cívica, a vontade de descarregar a agressividade e o excesso de tempo livre são as potenciais razões que podem levar à prática do cyberbullying.
Segundo a investigadora Luzia Pinheiro, “a agressão virtual tem efeitos nefastos para as vítimas, desde perda de reputação, estigmatização exercida pelos colegas e baixa autoestima, até situações de depressão extrema e suicídio”. Para ela, o cyberbullying “deve deixar de ser visto como um tabu social para que possa ser tratado como o que realmente é: violência”.