Foi com este pensamento que os alunos vencedores do Leadership Tournament da AIESEC Portugal concorreram ao torneio, e contam-te tudo na primeira pessoa.
A edição de 2015 do maior torneio de liderança universitária do país terminou no passado mês de novembro, após mais uma edição de sucesso. Chama-se Leadership Tournament, é organizado pela AIESEC, e consiste em 11 etapas locais e quase 200 equipas participantes. No final só uma pôde ganhar o grande Evento Final, e a distinção coube à equipa 4 Marketeiros, composta por alunos da licenciatura em Publicidade e Marketing da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa.
A Inês Agostinho foi um dos membros desta equipa, e conta-te tudo sobre o percurso ao longo do torneio, a vitória e o que os quatro membros levam desta experiência para o seu futuro pessoal e profissional.
Como se sentem por terem vencido o Leadership Tournament (LT), o maior torneio universitário de liderança do país?
Não podíamos estar mais felizes. Na verdade, acho que nem existem palavras que o descrevam. Decidimos concorrer ao LT com o pensamento de “se não tentarmos, já perdemos”, portanto para nós, alunos de 1º ano, é uma sensação incrível chegar onde chegámos. Participar já era bom, ganhar a fase local já era extraordinário, mas chegar ao Evento Final e vencer… É indescritível!
O que vos levou a inscreverem-se neste evento?
Eu estava no Facebook e deparei-me com uma publicação relativa ao evento. Comecei a ler e eu o meu pensamento imediato foi “Isto é brutal, tenho de participar!” Como sou mais virada para a parte criativa, precisava de mais um criativo e dois estrategas. Lembrei-me imediatamente do João como criativo, do Pedro como estratega e da Helena também mais direcionada para a parte do Marketing. Com a equipa formada, decidimos arriscar. “Quem não arrisca, não petisca” e foi esse o pensamento que levámos até ao fim.
O que é que sentem que aprenderam durante todo o processo?
Primeiro que tudo, aprendemos o que era um briefing. Tendo em conta que somos caloiros e que estamos na faculdade há sensivelmente 2 meses, nem sequer sabíamos o que isso era. Além disso, sinto que para além de experiência, ganhámos bastante “estaleca” para enfrentar qualquer tipo de desafio que nos seja lançado. Aprendemos também a lidar com olhares e comentários menos agradáveis das outras equipas, que mais para o fim, só nos davam ainda mais vontade de arrasar. O LT não promove esse tipo de “sentimentos”, mas a verdade é que tudo isto não deixa de ser uma competição. Aprendemos a ser rápidos e eficazes nas nossas ideias e propostas (tendo em conta que só tínhamos dois minutos para apresentar as nossas propostas de resolução do desafio). Mas melhor do que isso, aprendemos a trabalhar em equipa.
Quais foram os maiores desafios que tiveram durante o torneio e como conseguiram ultrapassá-los enquanto equipa?
O maior desafio talvez tenha sido, o de conjugar muitas ideias criativas numa só. Como eu disse, a equipa está dividida em dois estrategas e dois criativos, mas imaginação é algo que não falta aos quatro. Mas tentámos ir com calma, ouvindo as ideias de todos para depois discutirmos quais as que tinham mais potencial.
Creio que o tempo também foi um dos maiores desafios com que nos deparámos. Nunca tínhamos trabalhado sobre tanta pressão e tivemos de aprender a fazê-lo. Mais para o fim já era algo que controlávamos naturalmente: Primeiro organização e definição daquilo a que tínhamos de responder, depois o brainstorming de ideias com vista à resolução do desafio. De seguida dividíamos a equipa, sendo que a Helena e o Pedro tratavam de toda a parte mais estratégica da ideia, o João e eu da criatividade e desenvolvimento mais aprofundado da mesma. No fim, preparávamos juntos o guião da apresentação da proposta.
Sentem que as vossas capacidades de liderança foram desenvolvidas?
Sem dúvida que sim. Não é por acaso que fomos intitulados de “Jovens Lideres do Futuro”.
Qual é na vossa opinião, a maior vantagem para um estudante universitário, de qualquer área de estudos, em participar num torneio como este?
Acho que não há uma grande vantagem, mas sim um conjunto delas: desde experiência, a uma mais-valia para o CV, aprender a trabalhar bem em equipa, a ter boas ideias, a saber destacar-se pela positiva, a fazer uma boa apresentação que saiba cativar o júri em apenas dois minutos, a ser original… Quando me pergunto o contrário, ou seja, se existe alguma desvantagem em participar, a resposta é “Não”. Portanto se não há desvantagens, porque não participar? Só vos vai trazer coisas boas, só vos vai ensinar mais e mais do que aquilo que já sabem. Medo? Vergonha? Quem tem medo e vergonha nunca chega a lado nenhum. É preciso arriscar. Porque um verdadeiro líder arrisca, um líder luta. Portanto, universitários de todo o país e arredores, lutem e participem neste tipo de iniciativas que podem ter a certeza que mesmo que não ganhem, por exemplo, o concurso, ganham muito mais que isso: o saber. E o saber não ocupa lugar!
[Entrevista e Foto: AIESEC Portugal]