A equipa de cientistas de Ana Cristina Rego, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e George Dailey, da norte-americana Harvard Medical School, receberam o Prémio FLAD Life Science 2020 em investigação aplicada, pelo trabalho sobre a doença de Huntington.
Promovidos pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, os prémios FLAD Life Science 2020 foram atribuídos, este ano, pela primeira vez, e distinguem projetos de investigação na área das ciências da vida. Na prática, trata-se de uma bolsa de financiamento para quatro anos, no valor de 400 mil euros.
A investigadora Ana Cristina Rego e a sua equipa pretendem saber por que motivo pessoas portadoras da doença de Huntington, uma patologia neurodegenerativa de origem genética e sem cura, desenvolvem uma progressão diferente desta doença, apesar de manifestarem alterações genéticas semelhantes. A justificação só poderá ser encontrada “a nível celular”, segundo disse a principal responsável pela investigação à Agência Lusa.
Para isso, este grupo pretende criar células estaminais pluripotentes, capazes de gerar as células que, ao morrerem, desencadeiam a doença de Huntington. Fá-lo-ão através da biópsia da pele dos doentes com ou sem sintomas, assim como dos seus familiares sem a mutação genética, isolando a célula.
O outro Prémio FLAD Life Science 2020, na categoria de investigação básica, foi ganho pelo estudo cromossomático da equipa dos investigadores Helder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, e Ekaterina Grishchuck, da Universidade da Pensilvânia (EUA).
[Foto: Prémio FLAD Life Science 2020]